Os movimentos de moradia da região metropolitana de São Paulo realizaram nesta quarta-feira, dia 09 de maio, o ato “Quem ocupa, não tem culpa”. O evento teve concentração na Praça da Sé e contou com a participação de milhares de pessoas. A manifestação é contra a criminalização dos movimentos de moradia.
O ato seguiu da Praça da Sé em caminhada com destino ao Largo do Paissandú, passou pela Caixa Econômica Federal, CDHU e Prefeitura de São Paulo, encerrou-se com um Ato Ecumênico e Solidário no Largo do Paissandú.
A manifestação acontece oito dias após o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeira, no Largo do Paissandú. Segundo o coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP), Benedito Roberto “Dito” Barbosa, desde o ocorrido as gestões tucanas em São Paulo, junto com a grande imprensa, realizam uma campanha para tentar culpar os movimentos pela tragédia e buscam criminalizar as lideranças das ocupações. Para ele, o objetivo do prefeito e governador é justificar uma onda de despejo em massa e entregar de vez o centro da cidade à especulação imobiliária.
De acordo com o vereador Eduardo Suplicy, é preciso dar prioridade para a questão da moradia na cidade de São Paulo. “Hoje há 70 edifícios ocupados somente na região central, por outro lado, existem ainda 25 mil pessoas em situação de rua, número que cresceu muito de 2015 para cá em função da recessão e do desemprego. Em 2015, havia 16 mil pessoas nesta situação”, afirma Suplicy.
O presidente do Diretório Municipal do PT em São Paulo, Paulo Fiorilo, destacou a necessidade de reivindicar a implantação do Plano Municipal de Habitação em São Paulo e que o governo tucano do Alckmin retorne o investimento de 1% do ICMS (Importo Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) para habitação popular.
O presidente do PT-SP, Luiz Marinho ressaltou a irresponsabilidade do prefeito João Doria que saiu da prefeitura da capital paulista para ser candidato a governador do estado.
“Homem sem palavra e sem caráter, mentiu muito para o povo paulista. Dória disse que as ocupações são feitas por facções criminosas, na verdade o que tem de criminoso são suas palavras, só existem ocupações porque as políticas públicas não são suficientes”, disse Marinho, que também agradeceu todo apoio dos movimentos pela liberdade do companheiro Lula e falou sobre a necessidade de manter a unidade de toda esquerda brasileira.
Por Diane Costa, da Assessoria de Comunicação do PT-SP