Movimentos sociais organizados realizam semana de mobilização com encerramento na “Marcha Popular pelas Reformas, contra a Direita, por mais Direitos!”, nesta quinta-feira (13) em São Paulo. A ideia é combater reações à reeleição da presidenta Dilma Rousseff e pressionar o Congresso Nacional pela realização de plebiscito para uma assembléia constituinte exclusiva com o objetivo de reformar o sistema político brasileiro.Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, um dos responsáveis pela organização da movimento, a marcha é uma forma de pedir respeito à escolha da maioria.
“A direita revoltada busca um terceiro turno e tenta inviabilizar o governo da presidenta em nome de algo menor. O movimento é contra o golpe e o ódio”, afirma.Para ele, setores da sociedade que incentivam reações à decisão das urnas não compreendem que a eleição foi vencida pela pauta dos que exigem mais quatro anos de mudanças e melhorias par o País. “Ganhou um programa que prioriza a agenda do trabalhador, a reforma política, tributária e agrária”, elenca.
A concentração acontecerá a partir das 17h, no vão do Masp, na Avenida Paulista. Lá se encontrarão representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Coletivo Juntos, Coletivo Ruas, entre outras organizações.
Pressão – A semana também foi de mobilização para a campanha do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Foram promovidas, nas capitais brasileiras, debates e eventos para discutir o tema. O evento será encerrado amanhã (13), às 17h30, com caminhada iniciada na praça Oswaldo Cruz rumo à Praça da Sé.
De acordo com o secretário nacional da campanha, Lucas Pelissari, a participação de todos é uma forma de convencer o Congresso à aprovar o projeto de decreto administrativo pela constituinte.”Nós sabemos como a população mobilizada pode pressionar o governo e esse momento em que a reforma política está em voga é o de usar isso a favor do avanço do projeto”, explica.
A pauta do Plebiscito, destaca Pelissari, ganhou força com a assinatura de cerca de 8 milhões de pessoas à favor ao ato político. A partir daí, foi elaborado e protocolado na Câmara.
Se aprovado, os eleitores terão de responder à pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”.
Por Rebeca Ramos, da Agência PT de Notícias