O Ministério Público Federal ingressou com ação civil pública para cobrar, do governo de Minas Gerais, o repasse de R$ 9,5 bilhões para a área de saúde. O valor atualizado corresponde a R$ 14,2 bilhões. De acordo com a ação, este valor deixou de ser investigo pelos tucanos Aécio Neves e Antônio Anastasia, entre 2003 e 2012, no estado.
A Procuradoria da República de Minas alega que os ex-governadores, hoje senadores pelo PSDB, descumpriram emenda que obriga aplicação mínima de 12% do orçamento na saúde. A ação informa que os governos tucanos deixaram de aplicar R$ 9,5 bilhões no Sistema Único de Saúde em Minas Gerais.
Além disso, a ação afirma que, durante 10 anos, Aécio e Anastasia fizeram manobras contábeis para tentar ocultar o não cumprimento da emenda. Para o MPF, a atitude aconteceu “em total e absurda indiferença ao Estado de Direito”.
A Procuradoria também relembra denúncia feita pela presidenta Dilma Rousseff durante campanha eleitoral. Segundo ela informou durante debate de televisão, Aécio teria utilizado recurso da saúde para pagar vacinas de cavalos. A ação civil pública do MPF confirma a informação e a não regularidade do fato.
No entanto, a ação contra os tucanos vai além e ainda aponta outras fraudes cometidas durante o governo em Minas Gerais, como gastos veterinários prestados em canil da Polícia Militar como aplicações em saúde.
Entre outras irregularidades está o lançamento de investimentos em saúde na Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a Copasa. Para os procuradores, o fato é irregular, pois a empresa já havia informado que estes gastos eram pagos com tarifas dos consumidores.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Estado de S. Paulo”