MST faz protesto em frente ao STF contra prisão política de Lula
Grupo de Agitação e Propaganda do movimento social também criticou os privilégios do Poder Judiciário, como auxílio moradia e férias
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Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fizeram um protesto, nesta sexta-feira (20), para denunciar os privilégios do Poder Judiciário no Brasil, além da prisão política de Lula na frente do Supremo Tribunal Federal. A ação foi feita pelo Grupo de Agitação e Propaganda do MST, que também atuou no terminal rodoviário da capital federal. Os militantes se reuniram na frente da Corte com cartazes e fizeram uma intervenção teatral, vestidos de roupa de praia, em alusão ao período de dois meses que os juízes têm de férias todos os anos.
Segundo Jailma Lopes, integrante da brigada Carlos Marighella do MST, revelou que o objetivo da ação foi chamar a atenção para os benefícios e regalias dos juízes do país. “O poder judiciário, que é antidemocrático e que é muito caro para o povo brasileiro, tem cometido várias arbitrariedades e está rasgando a Constituição desde o golpe contra a presidenta Dilma [Rousseff]”, afirma a militante.
De acordo com as informações do Brasil de Fato, a despesa do governo federal com o auxílio-moradia de magistrados e procuradores já atingiu quase R$ 1 bilhão neste ano. O valor do auxílio chega a R$ 4.378 mensais. O benefício está em discussão há quatro anos no STF e vai ser avaliado pelo ministro Luiz Fux. Além disso, os magistrados também têm direito a 195 dias de folga, ou seja 53% dos dias do ano, entre recesso, férias, feriados e finais de semana.
Marcha Nacional
Os militantes revelaram ainda que o MST fará uma marcha nacional em Brasília entre os dias 12 e 15 de agosto, data em que será realizado o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República. “A marcha tem o objetivo de passar pelas cidades, diante do povo brasileiro, e denunciar a prisão política de Lula e denunciar as arbitrariedades desse processo golpista contra o povo brasileiro”, explica Lopes.