Neste sábado (19), no último ato do seu partido na campanha para as eleições do Uruguai, o Movimento de Participação Popular (MPP), o ex-presidente José “Pepe” Mujica fez uma saudação aos lutadores da América Latina e citou a “prisão injusta” imposta ao seu par brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
“Vamos lutar por todos os companheiros que na América Latina se comprometeram para que seus povos melhorem, em todos os lugares. E às vezes acabam vivendo um infortúnio como Lula, que está encarando uma prisão injusta”, disse Mujica durante uma fala centrada na história política e econômica do Uruguai, ante um público estimado em 30 mil pessoas.
O povo uruguaio vai às urnas no próximo dia 27 e a Frente Ampla – coalizão de centro-esquerda da qual faz parte o MPP – deverá eleger a maior bancada para o Congresso e liderar a disputa presidencial, que será decidida apenas no 2º turno, marcado para 24 de novembro. O candidato da Frente Ampla é o engenheiro Daniel Martinez, ex-intendente de Montevidéu. Martinez lidera as pesquisas de intenção de voto e nas pesquisas mais recentes aparece com mais de 40% de apoio do eleitorado.
Argentina e Bolívia
A Bolívia realiza a sua eleição nacional neste domingo (20). O presidente Evo Morales luta para renovar o seu mandato à frente do país cujo PIB cresce em média 5% ao ano desde que o líder indígena assumiu o governo, em 2006. Morales é o favorito e pode vencer já no primeiro turno.
Para isso, ele precisa alcançar 40% dos votos e obter mais de 10 pontos percentuais de vantagem para o segundo colocado. Se houver segundo turno, a votação ocorrerá no dia 15 de dezembro. O principal adversário do candidato do Movimento ao Socialismo (MAS) é o ex-presidente Carlos Mesa. Numa pesquisa divulgada no último domingo (13) pelo instituto IPSOS, Morales pontuava 40% e Mesa aparecia com 22%.
Na Argentina, que irá às urnas no dia 27, a eleição está praticamente definida em favor de Alberto Fernández, da Frente de Todos, que tem a ex-presidenta Cristina Kirchner como vice na chapa. Todas as pesquisas apontam Fernández com 52 a 54% das intenções de voto, enquanto Macri teria o apoio de 33% a 35% dos eleitores.
Por PT na Câmara