Um grupo de mulheres de organizações de esquerda e de partidos políticos aliados ao PT se reuniu na noite de terça-feira (11) no Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, para discutir mobilizações em todo o país em apoio à eleição de Fernando Haddad e Manuela D’ávila para a Presidência da República. As candidaturas foram confirmadas na tarde do mesmo dia pelo ex-presidente Lula, impedido de disputar as eleições pelo Poder Judiciário.
A ideia principal é construir uma grande ação nacional para mostrar que as mulheres estão mobilizadas pela defesa de um projeto de governo que resguarda seus direitos e que promove a igualdade de gênero.
A proposta, segundo a secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Karolyne Moura, é que o comitê se estabeleça nos demais estados e que seja um instrumento de mobilização para apresentar a chapa presidencial e as propostas do Plano de Governo petista às mulheres de todo o país.
“Essa eleição é das mulheres. Nós somos maioria no eleitorado e também entre as pessoas que ainda não decidiram em quem vão votar. Precisamos disputar esse voto, para fazermos o combate ao machismo e reafirmarmos os nossos direitos”, completa Anne.
A busca pela igualdade de gênero é uma das balizas do Plano de Governo do PT. Entre os compromissos apresentados no documento está a retomada de programas que promovam a autonomia econômica, a igualdade de oportunidades e a isonomia salarial no mundo do trabalho entre homens e mulheres, além do fortalecimento de políticas de enfrentamento à violência de gênero.
Para Maria das Neves, representante do PCdoB no comitê de mulheres, essas propostas precisam chegar às eleitoras, principalmente àquelas que ainda não decidiram seu voto.
“Nos pŕoximo dias temos que dar motivos para essas eleitoras indecisas votarem na nossa chapa, com Haddad e Manu, que vai fazer as mulheres brasileiras voltarem a ser felizes”, disse.
O apoio das mulheres à chapa encabeçada pelo PT, como destaca a secretária do Movimento de Mulheres Socialistas do PSB, Dora Pires, é pelo resgate de um projeto de governo que tem as mulheres como protagonistas e que foi interrompido pelo golpe que destituiu a presidenta eleita, Dilma Rousseff.
“As mulheres só ganharam com os governos de Lula e Dilma. Então, por que votar em Haddad? Por que votar em Manu? Porque eles representam o que foi feito de melhor para as mulheres, porque eles representam o Lula”, reforçou a secretária.
A presidenta da União Brasileira de Mulheres, Vanja Andréa Sanches, também pontuou que o voto em Haddad e Manuela é pela retomada do compromisso do governo com a pauta das mulheres.
“Precisamos falar do resgate dos nossos direitos. Tivemos uma série de políticas públicas públicas que colocou a mulher no centro. É isso que precisamos retomar”, concluiu.
O encontro contou com representantes da Marcha Mundial das Mulheres, da União Brasileira de Mulheres, do Levante Popular da Juventude, da União da Juventude Socialista, da Secretaria de Mulheres da CUT, da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT, da Secretaria de Mulheres do PT-SP, da Secretaria LGBT do PT-SP, da Associação Brasileira de Lésbicas, do projeto Elas por Elas, do PCdoB, do PROS e do PSB.
Por Geisa Marques, da Comunicação Elas por Elas