A Secretaria Nacional de Mulheres do PT realizou nesta segunda-feira (11) o encontro “O Brasil que as mulheres querem” com o intuito de debater políticas de igualdade de gênero e apresentar propostas relacionadas ao tema para a elaboração do Plano Lula de Governo.
A ministra de Políticas para Mulheres do governo da presidenta Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci, foi indicada para representar a Secretaria Nacional de Mulheres nas discussões do programa petista. Eleonora reforçou que é preciso defender o legado deixado pelo Partido dos Trabalhadores e avançar na construção de novas políticas.
“Precisamos reconstruir o Ministério da Mulheres, revogar medidas neoliberais sancionadas após o golpe e radicalizar naquilo que não conseguimos implementar no nosso governo, como em direitos sexuais e reprodutivos e igualdade salarial entre homens e mulheres”, enfatizou.
A reunião, realizada no Diretório Nacional do partido, em São Paulo, foi a primeira voltada para a elaboração de propostas para o fortalecimento e ampliação dos direitos das mulheres a serem incorporadas ao plano.
De acordo com a secretária Nacional de Mulheres, Anne Karolyne Moura, outros debates serão realizados até a entrega do documento final. “Vamos fazer um balanço do que já foi feito e apontar diretrizes do que queremos construir, em diálogo com o Plano Lula de Governo”, disse.
A pauta da diversidade foi destacada pela presidenta da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis (ABGLT), Symmy Larrat, que pontuou a importância de avançar no debate de gênero.
“O nosso programa de governo precisa romper os armários que a sociedade quer nos colocar. Tem de se discutir, por exemplo, os conceitos de mulher e família, para permitir que todas tenham acesso a políticas que hoje fazem o recorte pelo sexo biológico”, defendeu Symmy.
O coordenador do Programa Lula de Governo, Fernando Haddad, explicou que as propostas elencadas pelas mulheres serão validadas pela comissão que está à frente da formulação do plano, para, posteriormente, serem encaminhadas ao presidente Lula.
“Esperamos um documento base para que possamos processar o que é programático e o que pode ser incorporado ao plano de governo de uma maneira geral, para que a questão de gênero seja discutida em todos os âmbitos”, completou Haddad.
O debate contou com a participação do Coletivo Nacional de Mulheres do PT. Também estiveram presentes a diretora de Movimentos Sociais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Taíres Santos, a secretária nacional de Políticas para Mulheres da Central Única dos Trabalhadores, Juneia Batista, e a representante da Fundação Perseu Abramo, Vivian Farias.
Geisa Marques, Comunicação Elas por Elas