Na tarde de segunda-feira (16), a Web Rádio Linha Direta recebeu a secretária especial de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, Eleonora Menicucci, para participar do programa Mais Mulher.
Marcando mais uma parceria do Diretório Estadual do PT-SP com a Fundação Perseu Abramo, o programa foi apresentado pela secretária Estadual de Mulheres do PT-SP, Marta Domingues, a Martinha, e também foi transmitido pela TevêFPA.
Um espaço para reflexões sobre a conjuntura e a vida das mulheres, dentre outros temas, o programa Mais Mulher faz parte da grade de programação da Web Rádio LD, sempre às quartas-feiras, 18 horas, com três blocos.
Na conversa, que acabou se transformando numa sabatina de internauta que enviaram perguntas através hashtag #ElenoranoLinhaDireta, a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, explicou o processo de transição das pastas que classificou como necessária. Para ela, o status de ministério que a Secretaria teve possibilitou várias conquistas para as mulheres.
Eleonora diz que lutou para que uma mulher negra ficasse a frente do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. A opção da presidenta Dilma Rousseff por Nilma Lino Gomes, para ela, dá visibilidade para quem nunca teve.
“Eu luto e lutei para isso, ter sido uma mulher, negra. Porque a população negra e, sobretudo, as mulheres no nosso país são absolutamente inviabilizadas. Absolutamente temos uma dívida social e histórica com elas”, ressalta a ministra.
Eleonora falou que a Lei Maria da Penha fez com que as mulheres passassem a confiar nas políticas públicas de proteção. “Desde a Lei Maria da Penha a denúncia para as mulheres ficou muito mais fácil, porque aumentou muito. Passaram a perder o medo, passaram a confiar nas políticas públicas de proteção para as mulheres e perceberam a própria vulnerabilidade delas”, explica.
As recentes mobilizações feministas também comentados pela secretária especial de Políticas para as Mulheres. Ela diz que gostou muito do movimento que bombou a hashtag “AgoraÉqueSãoElas na rede e frisou que não deve haver retrocessos nos direitos das mulheres. Segundo ela, as mulheres são maioria na sociedade brasileira e deve ser analisado quem está propondo e votando esses projetos que tiram direitos das mulheres sobre o próprio corpo.
“Eu acho que a primavera feminista veio no momento importante para discutir o porquê de retroceder nas conquistas dos direitos das mulheres. Quem está decidindo esse retrocesso? Quem está propondo? Quem vota? Porque nós somos 52% da população e já conquistamos muitos direitos”, avalia.
Do Portal Linha Direta