O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sydney Sanches avaliou, em entrevista ao jornal “Valor Econômico” publicada nesta segunda-feira (18), não haver nenhuma base para um pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
“Não existe ainda nenhuma imputação, de caso concreto, que caracterize crime de responsabilidade por parte da presidenta”, explicou.
‘O julgamento é político, feito por homens necessariamente ligados a partidos e que votam sem necessidade de fundamentar seus votos, ao contrário do que acontece no Judiciário’, disse Sanches ao jornal.
O jurista informou a jornalistas, durante evento da da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas na sexta-feira (15), no Rio de Janeiro, ter sido convidado a elaborar um parecer sobre a viabilidade de um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. No entanto, Sanches disse ter recusado o pedido.
“Eu me recusei porque poderia parecer que estou querendo influenciar a opinião pública apenas porque participei de outro processo de impeachment e não só por causa do conhecimento jurídico que possam me atribuir, mas principalmente por causa dessa experiência que eu tive”, explicou.
“Não é por dinheiro que vou pôr o país em polvorosa. Não quero ser leviano”, completou o ex-ministro do STF.
“Aponte fatos concretos de que ela tenha participado ou seja responsável ainda que por negligência. Não vi nada de concreto”, defendeu.
Para ele, é “irresponsabilidade” defender o impeachment de Dilma. Sanches também disse acreditar que o movimento para saída da presidenta já perdeu força.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Valor Econômico”