A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), recebeu nesta quinta-feira (3) o ex-presidente do banco, Demian Fiocca. A comissão apura supostas irregularidades em operações da instituição. Em depoimento à comissão Fiocca declarou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não interferiu na liberação de empréstimos da instituição, entre 2006 e 2007, período em que comandou a instituição.
Fiocca reforçou que durante o período que esteve à frente do BNDES trabalhou para estimular a economia e ampliar o acesso de micro, pequenas e médias empresas aos recursos do banco e que na época havia um cenário de crise econômica internacional e pela solidez da instituição foi possível ter recursos suficientes para atuar sem o Tesouro Nacional.
“Revimos prazos e carências e criamos novos fundos que permitiram que mais empresas pudessem acessar as linhas da instituição”, disse Fiocca.
A política de financiamentos do BNDES foi classificada por ele como “impessoal e republicana”.
Sobre a postura de alguns parlamentares que alegaram suposta participação do BNDES em casos de corrupção como o mensalão e a os desvios na Petrobras, investigados pela Operação Lava Jato, Fiocca classificou como “injustos e equivocados”.
“Considero absolutamente injusto e equivocado procurar associar corrupção ao BNDES”, disse Fiocca.
A CPI do BNDES ouvirá no dia 29 de setembro o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também foi presidente do BNDES, no período de 2004 a 2006.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Agência Câmara”.