O ministro da Cultura, Juca Ferreira, abriu o projeto “Emergências”, nesta segunda-feira (7), com discurso criticando a tentativa de “golpe” contra a presidenta Dilma Rousseff.
“Não podemos de maneira nenhuma deixar que se estabeleça o retrocesso, que sejam ameaçados direitos conquistados e, principalmente, que se ameace a liberdade que só a democracia que construímos nos últimos anos garante”, afirmou, enquanto o público de mais de 500 pessoas presentes ao Circo Voador, no Rio de Janeiro, gritava em coro “não vai ter golpe”.
O ministro da Cultura também lembrou das recentes lutas que diversas frentes vêm travando contra os retrocessos, ao falar do recente levante de mulheres e a luta dos estudantes secundaristas em São Paulo.
“As mulheres, mais uma vez, saíram na frente. Os adolescentes secundaristas do estado de São Paulo estão nos dando uma lição. Os povos indígenas enfrentam a tentativa de invasão de suas terras e lutam pelos direitos conquistados. O movimento negro luta contra a intolerância religiosa, o racismo e a discriminação. Os trabalhadores enfrentam a tentativa de redução dos seus direitos”, disse.
A luta das mulheres, inclusive, ganhou papel de destaque na abertura. O primeiro ato do “Emergências” foi formado apenas por mulheres e ativistas transexuais em uma análise sobre direitos humanos, política, violência de gênero, racismo, machismo, homofobia e outras formas de opressão.
Projeto do Ministério da Cultura em parceria com entidades, organizações, coletivos culturais e movimentos sociais do Brasil e do mundo, “Emergências” reunirá, até o próximo domingo (13), mais de 4.500 pessoas entre artistas, ativistas, pensadores, produtores culturais, políticos, midialivristas e representantes de frentes e manifestações culturais de todos os tipos.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Revista Fórum” e “Emergências”