“Não saímos do lado do Lula. Só saímos daqui quando Lula ganhar a liberdade. O Lula é grande demais para ficar encarcerado, eles não contavam com isso”, afirmou a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, durante ato na Vigília Lula Livre nesta segunda (30), em Curitiba.
Ela ainda afirmou que “querem que Lula saia daqui, já temos o terceiro pedido de transferência dele. Nós queremos dizer que Lula não é problema, Lula é solução e o lugar dele é nas ruas”. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também estiveram presentes.
Gleisi também trouxe um recado do companheiro Jefferson de Menezes, baleado no pescoço durante o ataque a tiros sofrido no acampamento Marisa Letícia na madrugada do sábado (28). “Fomos visitar o Jefferson no hospital, ele está bem, mas não está falando bem. Não sabe se vai voltar a falar normalmente, mas pediu para mandar um abraço. Ele sabe da solidariedade e tem maior orgulho de ter aumentado o numero de pessoas na vigília”.
A senadora destacou que a militância não pode esmorecer. “Não temos medo desse tipo de ação, pregamos a paz, mas os atos de violência não vão nos intimidar, não vão nos fazer deixar de lutar por Lula e pela democracia”.
“Temos recebido pelo PT, solidariedade de vários lugares do Brasil. O que aconteceu aqui chocou muito o povo internacionalmente. Não acreditam como o Brasil, que tinha feito uma Constituição cidadã, teve 13 anos de governo inclusivo, teve uma reversão tão grande. Precisamos fazer com que o mundo olhe para o Brasil. Não estamos vivendo a democracia, não vivemos as relações institucionais plenas”, afirmou Hoffmann.
Gleisi falou do encontro que teve no Chile com a ex-presidenta Michelle Bachelet e com a Frente Ampla e afirmou que o Primeiro de Maio será histórico em Curitiba. “Amanhã vamos ter todas as centrais sindicais aqui reunidas. Vai ser um ato histórico, que mostra que os trabalhadores lutam pela democracia e pela liberdade de Lula”. Gleisi ainda informou que a presidenta Dilma participará de ato na Argentina.
“A campanha presidencial do Lula é a luta pela liberdade dele. Vamos registrar ele em agosto. Precisamos fazer um movimento pelo Brasil. Hoje aconteceu uma romaria de barco no norte. Nós vamos viajar o Brasil para lançar a campanha Lula presidente. Vamos em todos os estados brasileiros. Lula não poderá estar conosco pessoalmente, mas estará em fotos e vídeo. Queiram eles ou não, estamos em pré-campanha para que Lula seja o nosso candidato.”
Vanessa Grazziotin destacou que é preciso ampliar as vozes na luta, “não apenas para soltar o presidente Lula, mas para acabar com a impunidade. Até hoje não se sabe quem matou Marielle ou quem deu os tiros na caravana do Lula. Será que com o Jefferson será a mesma coisa?”
Ela também falou que o golpe que retirou Dilma da presidência começou em 2014 quando a oposição não aceitou o resultado das eleições. “Dali bateram na mesa dizendo que Dilma não governaria, mesmo sabendo que os maiores sacrificados seriam o nosso povo. Os maiores sacrificados são aqueles que perdem emprego, salário, bolsa família”.
“O verdadeiro objetivo do golpe no Brasil é entregar nossa riqueza, nossa produção de energia elétrica, nosso petróleo. E do lado da população tirar todo e qualquer direito. O Brasil, apesar de tudo que fizeram, continua depositando a confiança em uma pessoa. Lula”, finalizou Grazziotin.
Lindbergh farias reforçou a informação de que Lula escuta o barulho das ruas, o bom dia, o boa tarde e o boa noite. “A gente sabe que prenderam o presidente Lula porque estão fazendo uma guerra contra o povo brasileiro, contra os mais pobres”, acrescentou o senador.
Da redação da Agência PT de notícias