Quase 200 mil brasileiros saíram às ruas em 25 estados e no Distrito Federal, na quinta-feira (20), para defender direitos, a liberdade e a democracia.
As cidades com o maior número de participantes foram São Paulo, com 100 mil; Rio de Janeiro, 50 mil; e Fortaleza, com mais de 20 mil pessoas.
Os atos foram convocados por mais de 30 movimentos sociais da cidade e do campo, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Sob gritos de “não vai ter golpe”, 100 mil manifestantes ocuparam o trecho entre as avenidas Faria Lima e a Paulista. O ato em São Paulo começou com um minuto de silêncio em respeito às 19 vítimas de uma chacina em Osasco, na quinta-feira da última semana (13).
No Rio de Janeiro, os manifestantes marcharam na avenida Rio Branco até a Cinelândia. Em Fortaleza, os manifestantes se concentraram na Praça da Bandeira, caminharam até a Reitoria da Universidade do Ceará, onde apoiaram um ato dos professores em greve e depois retornaram para se concentrar novamente na Praça da Bandeira. Houve atos também na cidade de Juazeiro do Norte.
Em Maceió (AL), 1,2 mil pessoas partiram da Praça Sinimbu em direção ao Palácio República dos Palmares, sede do governo, quando cercaram o prédio, simbolizando um abraço em protesto contra o atual governo do estado. Em Macapá (AP), cerca de 200 pessoas se manifestaram na Praça da Bandeira.
Em Manaus (AM) cerca de 5 mil pessoas marcharam da Praça Heliodoro Balbi até o Largo de São Sebastião. Na parte da manhã, em Salvador (BA), os manifestantes caminharam pela avenida ACM até a Federação das Indústrias da Bahia (Fieb). Na parte da tarde, cerca de 10 mil pessoas marcharam da Praça do Campo Grande à Praça da Piedade.
Na capital federal, cerca de 3 mil pessoas se concentraram na Praça dos Aposentados, no centro da cidade e encerram, por volta das 20:00h o ato na rodoviária. Foram distribuídos durante o ato público 15 mil panfletos com as pautas dos movimentos.
Presente ao ato, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado, Humberto Costa (PE), avaliou que a manifestação demonstra que os trabalhadores, os movimentos sociais e a esquerda não vão assistir passivamente a qualquer tentativa de golpe contra a Constituição federal.
“Todos eles sabem que foi nos governos do PT que os trabalhadores tiveram voz pela primeira vez, onde os excluídos tiveram oportunidade de exercer sua cidadania e onde jamais houve tanto respeito à liberdade de expressão e de organização”, declarou o senador.
Na capital do Espírito Santo, a Praça Costa Pereira recebeu cerca de mil manifestantes. Em Goiânia (GO), cerca de mil manifestantes se concentravam na Praça do Bandeirante, de onde marcharam até à Praça Cívica. O ato foi encerrado em frente ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo.
Em São Luís (MA), cerca de 1,5 mil pessoas partiram da Praça João Lisboa à Praça Deodoro, passando pela Rua Grande, importante centro comercial da capital. Na capital do Mato Grosso, Cuiabá, a Praça Ipiranga foi o ponto de concentração de mil pessoas que marcharam pelas avenidas Tenente Coronel Duarte e Getúlio Vargas e retornaram à Praça Ipiranga.
Em Campo Grande (MS), 600 pessoas realizaram a manifestação entre as ruas Barão do Rio Branco e a 14 de Julho, tradicional ponto de manifestações de estudantes e trabalhadores.
Em Minas Gerais, houve atos em várias cidades. Belo Horizonte concentrou o maior número de manifestantes, com 12 mil pessoas. Nas cidades de Juiz de Fora e Uberlândia, foram registrados 500 participantes em cada. Em Poços de Caldas e Governador Valadares, 100, respectivamente.
O ato em Belém (PA) teve início em frente ao Pronto Socorro Mário Pinotti, fechado desde junho devido a um incêndio. Em seguida, cerca de 600 pessoas marcharam pelas avenidas 14 de março, Bernaldo Couto, Nazaré e Magalhães Barata, onde se reuniram em frente à caixa d’água da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) no bairro de São Braz.
Cerca de 400 manifestantes percorreram pouco mais de 130 quilômetros entre a capital João Pessoa (PB) até a cidade de Campina Grande para formar um grupo de aproximadamente duas mil pessoas, que se concentraram na Praça Clementino Procópio. Na capital do estado, os manifestantes percorreram as ruas do centro e encerraram o ato na avenida Cardoso Vieira.
Aproximadamente cinco mil paranaenses se concentraram na Praça Santos Andrade, centro de Curitiba e partiram em passeata até a região da Boca Maldita. Além da pauta geral do ato nacional, os manifestantes empunharam faixas com defesas à Petrobras e contra as terceirizações, ente outras manifestações.
Pernambuco teve a participação de três importantes cidades. Em Recife foram 5 mil pessoas e em Petrolina e Caruaru, 200 em cada. Na capital, os manifestantes partiram em passeata da Praça do Derby, seguiram pela avenida Conde da boa Vista, até o Pátio do Carmo. Em Petrolina, o ato teve início na Praça Bambuzinho, marchou pela rua Souza Filho e pela avenida Dom Vital e terminou no Mercado Turístico. O Marco Zero do município de Caruaru foi o espaço onde as manifestações ocorreram.
A Praça Pedro II, da capital Teresina (PI), abrigou os 3 mil manifestantes que seguiram em passeata pela av Frei Serafim. Cerca de mil pessoas se concentraram no cruzamento da com a Avenida Amintas Barros, próximo à Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).
Em Porto Velho (RO), o ato foi em forma de aula democrática para 100 pessoas, na praça do Complexo Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Em Roraima, 1,5 pessoas se concentraram no Centro Cívico de Boa Vista. A Praça da Alfândega, em Florianópolis (SC), reuniu duas mil pessoas pelo ato em favor da democracia.
A Frente Sergipana Brasil Popular, formada por 30 entidades de movimentos sociais, reuniu 3,5 mil pessoas na Praça General Valadão, que realizaram uma passeata pelas principais ruas do centro da cidade. Em Palmas (TO), cerca de 300 pessoas caminharam do Parque João do Vale para se concentrarem na praça ao lado da estado Xerente.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias