O deputado Nilto Tatto (PT-SP) ocupou a tribuna da Câmara esta semana para fazer uma avaliação das iniciativas implementadas nos governos Lula e Dilma ao longo destes últimos 12 anos. Para Tatto, as políticas públicas dos governos petistas “levaram e têm levado o Brasil a trilhar o caminho correto de reconhecer sua diversidade como patrimônio e riqueza nacional, promovendo a convivência e combatendo o preconceito”.
Tatto também criticou duramente as articulações golpistas da direita. “Setores da oposição se recusam a aceitar essa expansão de direitos, que é a expressão concreta da democratização do País. O embate político é sempre salutar, mas a tentativa de desqualificação do PT, de promover golpe ao arrepio da lei, é muito mais por tais conquistas do que por possíveis erros que possam ter cometido companheiros do próprio Partido dos Trabalhadores. Nós não podemos aceitar, de forma nenhuma, nenhum retrocesso. A agenda em andamento é conquista da sociedade brasileira, e a sociedade brasileira não vai aceitar esses retrocessos”, afirmou.
De acordo com o parlamentar, a eleição do presidente Lula em 2002 foi um marco importante da luta do povo brasileiro, “pois a partir do primeiro mandato do presidente Lula, com sua capacidade extraordinária de unir diferentes setores sociais, iniciou-se a implementação de uma agenda de inclusão social, de respeito e de valorização da diversidade socioambiental brasileira”.
O parlamentar petista citou alguns dos avanços registrados no Brasil desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O Brasil alcançou reconhecimento internacional como país protagonista da solidariedade entre as nações e entre os povos; o combate à pobreza e a desigualdade com uma política massiva, que é mundialmente reconhecida por seu vigor; os programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida. Temos trazido à visibilidade grupos que permaneceram à margem de todo reconhecimento social e político ao longo da história. É o caso dos povos da floresta, do campo e das águas, quilombolas, indígenas, pescadores, entre outros”, ressaltou.
Ao lembrar sua trajetória de militância por justiça socioambiental e liberdade, Tatto destacou que “a resistência dos movimentos populares, em diversas frentes, foi crucial para que a democracia fosse restaurada e não podemos aceitar de forma nenhuma outro retrocesso”, disse o parlamentar petista, referindo-se às manobras orquestradas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para fazer avançar o golpe contra a presidenta Dilma.
Educação – Os investimentos na área da educação que os governos do PT asseguraram ao País foram elogiados pelo parlamentar paulista. “Nossos governos têm investido em educação como nunca. Mais que dobramos o número de jovens no ensino superior. A expansão do ensino técnico e universitário está semeando a possibilidade de um país de economia diversificada, bons empregos e bons salários, em sintonia com os desafios do futuro. Para assegurar a continuidade desse esforço, o Governo garantiu que parte dos recursos do pré-sal serão aplicados em educação e em saúde, demonstrando compromisso e responsabilidade com as futuras gerações”, disse.
Para Nilto Tatto, os governos Lula e Dilma colocaram “novamente de pé” o Estado brasileiro. “Quando o PT assumiu em 2003, o Estado brasileiro estava em frangalhos. Ter restaurado a capacidade estatal de fazer política pública e política econômica foi crucial para todos esses avanços. Foi também o que permitiu que o País enfrentasse a crise econômica mundial deflagrada em 2008, sem lançar milhões de pessoas no desemprego e na miséria, com vem acontecendo em outros países. Vale lembrar que essa crise que o mundo atravessa é a maior crise sistêmica da história do capitalismo e que aqui também sofremos as consequências”, enfatizou o petista.
“Ainda não concretizamos todos os aspectos da justiça social em sua plenitude”, acrescentou Tatto. “Por isso seguimos lutando para não ter retrocesso nem golpe que possa colocar em risco essas conquistas e essa agenda que está em andamento no Brasil”, concluiu Tatto.
Por Gizele Benitz, do PT na Câmara