O nível de água do Sistema Cantareira, em São Paulo, continua em queda. O complexo está com com 23% de sua capacidade. No último mês a reserva sofreu uma redução de 4% em seu volume total de água.
Na semana passada, organizações não governamentais divulgaram carta aberta na qual cobram do governador Geraldo Alckmin (PSDB) maior transparência na questão do abastecimento de água na região.
Segundo os Institutos Ethos e Sócioambiental e a Rede Nossa São Paulo, que redigiram o documento, a água potável que abastece São Paulo está acabando e a cidade pode enfrentar, em breve, um profundo racionamento. Para as entidades, a reação do governo estadual tem sido “desproporcional à gravidade do problema”.
Com o uso do volume morto, desde a segunda quinzena de maio, o nível do Sistema Cantareira chegou a 26,7% ou 182,5 bilhões de litros de água. Porém, houve mais uma redução queda na quantidade de água nos últimos dias.
Segundo a entidades não governamentais, é necessário que o governo de São Paulo dê algumas explicações, como tornar transparentes as informações sobre a condição dos reservatórios e as ações tomadas para evitar um problema maior.
As ongs sugeriram que seja criada uma comissão formada por representantes da academia, das empresas, da sociedade civil e de secretarias de governo para discutir as ações de curto, médio e longo prazos.
Além disso, as organizações querem planos estratégicos que previnam situações semelhantes no futuro. Autoridades da Agência Nacional de Água (ANA) afirmaram, durante audiência pública no Senado, que um dos motivos para a existência do problema é a falta de projetos para o setor.
Por Edson Luiz, da Agência PT de Notícias