O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (AC), José Alves, contestou candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva e suas aparições no Jornal Nacional, da TV Globo, e no debate entre presidenciáveis promovidos pela TV Band.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (26), o sindicalista afirmou que Marina é refém de um modelo ambientalista que define como “santuarista e de grandes ONGs internacionais”.
No texto, Alves critica duramente a política ambiental idealizada por Marina enquanto ministra do Meio Ambiente e faz críticas ao fato dela ter definido Chico Mendes, líder histórico dos seringueiros, como membro da “elite nacional”.
Segundo o seringueiro, o tratamento de ‘ambientalista’, concedido pela candidata a Chico Mendes, morto em dezembro de 1988 numa emboscada dentro de sua própria casa, não reflete a realidade local dos acreanos.
Para ele, sindicato que preside é o único legítimo representante do legado de Chico.
“O companheiro Chico foi um sindicalista e não ambientalista; isso o coloca num ponto especifico da luta de classes que compreendia a união dos povos tradicionais (extrativistas, Indígenas, ribeirinhos) contra a expansão pecuária e madeireira e consequente devastação da Floresta”, afirma a nota.
Para Alves, essa visão distorcida do Chico Mendes ambientalista difundida por Marina foi levada ao Brasil e a outros países como forma de desqualificar e descaracterizar a classe trabalhadora do campo.
O modelo, segundo ele, só prejudica a manutenção da cultura tradicional de manejo da floresta e a subsistência dos seus habitantes.
“Favorece empresários, que devido o alto grau de burocratização, conseguem legalmente devastar, enquanto, os habitantes das florestas comentem crimes ambientais”, reclama.
Por Márcio Morais, da Agência PT de Notícias