Do fechamento do Congresso no Peru à mudança de governo na Argentina, praticamente todos os países sul-americanos vivem momentos de convulsão política. Para uma aula aberta sobre o tema, o Instituto Lula convidou ninguém menos que o embaixador Celso Amorim, eleito pela mídia especializada “melhor diplomata do mundo”. Diplomata de carreira, Amorim foi ministro das Relações Exteriores nos governos Itamar e Lula, e ainda ocupou o ministério da Defesa, no governo Dilma. Ele liderou a política externa “ativa e altiva” — título de um de seus livros — que colocou o Brasil como importante player no cenário internacional.
O ministro falará no restaurante Al Janiah, que fica na Bela Vista, em São Paulo, a partir das 18h30 da próxima segunda-feira (4), numa mesa com o também ex-ministro Luiz Dulci e a diretora do Instituto Lula Tamires Sampaio. A entrada é livre. Na noite do evento, haverá apresentação musical na casa.
Luiz Dulci, ex-ministro da Secretaria de Governo de Lula, foi diretor para América Latina do Instituto Lula, período em que o instituto teve ativa participação no diálogo com governos e organizações da sociedade civil no continente. Após deixar o governo, Lula fez 36 viagens a países latino-americano e participou de 88 atividades relacionadas ao tema. Dulci hoje continua acompanhando de perto a política do continente. Ele atualmente é vice-presidente do Partido dos Trabalhadores e diretor-geral do Instituto Futuro Marco Aurélio Garcia, uma instituição multinacional, criada de uma parceria da Universidade Metropolitana para la Educación y el Trabajo (da Argentina) e do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (Clacso).
Tamires Sampaio, jovem liderança que despontou como a primeira presidenta mulher e negra do Centro Acadêmico de Direto da Universidade Mackenzie, trabalhou na Iniciativa África do Instituto Lula e em 2017 assumiu como diretora da Instituição. Ela segue na carreira acadêmica, com foco de estudo no genocídio da população negra no Brasil.
América Latina em ebulição
Nas últimas semanas, praticamente todos os países sul-americanos foram balançados por manifestações populares e mudanças políticas.
No Paraguai, um escândalo de WhatsApp abalou a confiança no jovem presidente Marito Abdo. No Peru, o presidente dissolveu o Congresso e convocou novas eleições para tentar obter maioria no parlamento. No Equador, após um aumento radical nos combustíveis, o governo decretou toque de recolher e militarização do distrito metropolitano. Medidas também vistas no Chile, onde a repressão às manifestações que começaram com um aumento na passagem do metrô já causou mais de 15 mortes. Na Bolívia, Evo Morales foi reeleito num processo questionado por seus opositores.
Na Argentina, as eleições reconduziram a esquerda ao poder, após quatro anos de fracasso econômico da promessa Maurício Macri. No Uruguai, a Frente Ampla, que está no poder há 20 anos, venceu em primeiro turno, mas perdeu o favoritismo para a rodada decisiva, que acontece no dia 24 de novembro.
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América Latina em ebulição, com o embaixador Celso Amorim
Data: 4 de novembro, segunda-feira, às 18h30
Local: Restaurante Al Janiah – Rua Rui Barbosa, 269, Bela Vista, São Paulo
Por Instituto Lula