O ministro do Trabalho, Manoel Dias, e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, afirmaram, nesta terça-feira (7), que os ajustes fiscais, propostos nas Medidas Provisórias 664 e 665, irão apenas corrigir distorções e evitar problemas futuros na Previdência. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, eles pediram agilidade no debate do projeto na Câmara.
Para o ministro da Previdência Social, a mudança no acesso à benefícios, como abono salarial, pensão por morte e seguro-desempre
“São 30 anos sem mexer nessas medidas. Antigamente, tínhamos oito contribuintes para cada aposentado, hoje esse número é muito menor. São 2,1 contribuintes para um aposentado”, ressaltou.
De acordo com o ministro, o governo e as centrais dos trabalhadores querem discutir as medidas no Congresso, para que elas possam ser debatidas, melhoradas e aprovadas. “Precisamos constituir uma mesa de discussões para acharmos as soluções mais viáveis, para então resolvermos como as MPs vão impactar nos trabalhadores e na economia brasileira”, afirmou.
O ministro Manoel Dias valorizou os debates que estão acontecendo há algumas semanas. “Estamos discutindo bastante para chegarmos em um consenso. Realizamos uma série de encontros e avançamos em muitos pontos. Agora precisamos entrar na Câmara Federal e encontrar a melhor decisão para não precarizar as atividades dos trabalhadores. Vamos aperfeiçoar as medidas enviadas pelo governo”, disse.
As senadoras Gleisi Hoffmann (PT) e Vanessa Grazziotin (PC do B) também engrossaram o coro de que chegou a hora de as medidas provisórias serem debatidas dentro do Congresso Nacional. O senador Fernando Bezerra (PSB) afirmou está disposto a dialogar com o governo e negociar alguns ajustes às MPs.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias