A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, na tarde desta quarta-feira (2), pela abertura de ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida. Esta foi a segunda derrota de Cunha somente nesta quarta-feira.
Durante a madrugada, o Conselho de Ética da Câmara aprovou, por 11 votos a 10, a admissibilidade do parecer do relator, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que pede a continuidade do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No STF, dos 11 ministros, 6 seguiram o voto do relator, ministro Teori Zavascki, e entenderam que há indícios de que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras. Seis ministros votaram a favor de abrir ação penal contra o presidente da Câmara.
O ministro relator votou pelo recebimento parcial da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, por entender que há indícios de que o presidente da Câmara pressionou um dos delatores da Lava Jato para receber propina. Votaram a favor da abertura de ação contra Cunha, além do relator, os ministros Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Luiz Fachin e Rosa Weber.
Ao fim do dia, a sessão foi suspensa. A votação será retomada na quinta-feira (3), com os votos dos demais ministros que compõem a Corte. Se o resultado for mantido, Cunha e Solange passarão à condição de réus no processo.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil