A luta política social tem garantido mais oportunidades para ampliação da presença de mulheres, negras e LGBTI+ nos legislativos brasileiros. Mas apesar de termos uma presença mais qualificada nas câmaras municipais, assembleias legislativas e no congresso nacional, a violência política, com bases racistas, patriarcais, LGBTfóbicas e etárias a diversas lideranças políticas e sociais tem crescido cotidianamente.
Com mais veemência, a violência política de gênero, que ataca os valores democráticos por meio da tentativa de intimidação, silenciamento e exclusão das mulheres dos espaços de poder mediante a violência.
Nessa madrugada de segunda-feira (17), a vereadora de Belém, Bia Caminha (PT), foi ameaçada de morte. Por meio de um e-mail nominal afirmando que ela “visitaria Marielle Franco”, contendo nitidamente violência racista e LGBTfobica.
Devemos combater a violência política de gênero e racista, que não ocorre de forma isolada. Mas sim organizada por segmentos da extrema-direita que se escondem nas redes sociais para ameaçar pessoas que defendem os direitos humanos. Se faz necessário identificar e punir os responsáveis por esse crime.
Bia Caminha, que é vice-presidente estadual do PT-PA e uma defensora dos Direitos Humanos, tem seu mandato a disposição das lutas em defesa das mulheres, da população negra e comunidade LGBTI+ e cotidianamente estar na linha de frente combatendo a intolerância e práticas fascistas.
E no mesmo dia, a diretora de assistência estudantil da União Nacional dos Estudantes, militante do MPJ, Carla Carolina, também recebeu mensagens de ameaça com características de crime de ódio em seu e-mail institucional da Universidade Federal do Pará.
Diante de tais ameaças a vida e a segurança de nossas militantes, acreditamos na necessidade do fortalecimento da Política Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, da luta por mudanças de valores por meio do respeito, da cultura de paz e solidariedade do nosso povo.
Seguiremos na luta por uma sociedade mais justa e igualitária e que nossas parlamentares e militantes possam ter o direito de viver e liberdade de expressão no exercício dos seus trabalhos e lutas.
Não seremos interrompidas!
Direção Nacional da Juventude do PT