Na manhã desta segunda-feira (26), o ex-governador da Bahia, e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Jaques Wagner, sofreu ação de “busca e apreensão” em sua residência, em Salvador. A ação da PF, espetaculosa como sempre, com ampla cobertura da Rede Globo, segue o roteiro de atacar as principais lideranças do PT.
O “álibi” para a absurda ação, desta vez, é o suposto envolvimento de Wagner em irregularidades nas obras da Arena Fonte Nova, alvo da operação “Cartão Vermelho”.
Na sexta-feira, a juíza Patricia Cerqueira Kertzam, do TRE-BA, havia determinado o arquivamento de inquérito no âmbito eleitoral contra Jaques Wagner. Segundo a decisão, havia falta de indícios mínimos da ocorrência de delito na seara eleitoral para justificar a instauração de inquérito policial no âmbito daquela Justiça Especializada. O caso tinha sido remetido para a justiça da Bahia pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato.
A nova ação da Polícia Federal não deixa qualquer dúvida sobre o caráter persecutório e totalmente antirrepublicano do atual processo judicial em curso. Em mais um passo da escalada, evidenciam um planejamento de alvos a serem atingidos sob o falso, argumento do “combate à corrupção”. Enquanto processos envolvendo políticos de outros partidos “prescrevem”, lideranças do PT são objeto de sistemáticos ataques da parceria jurídica-midiática.