O Partido dos Trabalhadores lamenta profundamente a morte de Dom Moacyr Grechi, falecido no dia de ontem (17/06), aos 83 anos, em Porto Velho, Rondônia. É uma grande perda para o país e especialmente para os mais humildes, dos quais foi corajoso defensor e porta-voz.
Dom Moacyr era Bispo Emérito (licenciado por idade) de Porto Velho, tendo sido anteriormente Bispo de Rio Branco. Mais que um proeminente bispo da Igreja Católica, foi um Brasileiro profundamente comprometido com os pobres, com os excluídos e injustamente vencidos pelo injusto sistema de dominação.
Seguindo radicalmente os ensinamentos de Jesus Cristo, dom Moacyr ajudou a construir importantes instrumentos de defesa dos camponeses e indígenas, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), além do Centro de Defesa de Direitos Humanos da diocese de Rio Branco.
Nascido em Santa Catarina, dedicou a maior parte de sua vida a servir os povos da Amazônia, ao mesmo tempo em que teve uma atuação decisiva para o avanço da Igreja Católica do Brasil em seu compromisso com os excluídos.
Nunca faltaram a dom Moacyr, ao lado de um forte vigor profético na denúncia de todas as injustiças, uma grande capacidade de acolhimento e carinho humano aos pobres e aos lutadores pela justiça. Já gravemente enfermo, eram frequentes seus telefonemas para saber do Presidente Lula, da situação em que se encontrava na prisão, sempre solidário e ao mesmo tempo inconformado com a injustiça que se abatera sobre o Presidente. Sua comoção se expressou de maneira particularmente intensa com a morte do pequeno Arthur, neto do Presidente Lula. Impossibilitado de ir a Curitiba, enviava com frequência sua saudação fraterna e suas orações por Lula.
Dom Moacyr vai continuar presente em nossos corações, nos estimulando a seguir a luta pela justiça e sobretudo pela fraternidade, neste momento crítico que atravessamos em nosso País.
Comissão Executiva Nacional do PT