Partido dos Trabalhadores

Nota do PT: Bolsonaro apela às armas contra o voto

É dever do Congresso Nacional e do Poder Judiciário reverter a criminosa e inconstitucional política armamentista de Bolsonaro

Site do PT

Liderança do PT é assassinada em Foz do Iguaçu

A menos de seis meses da eleição presidencial, Jair Bolsonaro voltou a fazer ontem (08/04), em Passo Fundo (RS), inaceitável incitação à violência política e à formação de milícias armadas para intimidar e atacar fisicamente os que lhe fazem oposição, ou seja: a ampla maioria da sociedade.

Com inacreditável desfaçatez, assumiu como política de seu desgoverno a facilitação da compra e uso de armas de fogo (“praticamente todo tipo de armamento”, ele disse) por supostos caçadores e colecionadores, para municiar o que chama de seu “exército”, que já passa de 600 mil no país.

O apelo à violência armada confirma a total incapacidade de Bolsonaro para governar no Estado Democrático de Direito. Confirma sua índole fascista e a intenção de se impor ao país pela força, diante da gravíssima crise social e econômica em que mergulhou o Brasil.

A sociedade brasileira e as instituições são chamadas a reagir diante dessa clara ameaça à democracia e ao exercício dos direitos políticos consagrados na Constituição. Bolsonaro e suas milícias armadas precisam ser contidos e responsabilizados por seus crimes.

É dever do Congresso Nacional e do Poder Judiciário reverter a criminosa e inconstitucional política armamentista de Bolsonaro.

O PT convoca todas as forças democráticas – partidos políticos, movimentos sociais, organizações e lideranças da sociedade – a resistir ao avanço do fascismo e da violência política que Bolsonaro encarna.

O Brasil precisa de crescimento, empregos e justiça social, não de armas. Precisa de paz; não de milícias. A saída para a crise é o voto democrático, a vontade soberana do povo; jamais a violência.

GLEISI HOFFMANN, presidenta nacional do PT
REGINALDO LOPES, líder do PT na Câmara dos Deputados
PAULO ROCHA, líder do PT no Senado Federal

Brasília, 9 de abril de 2022