A prisão política de Julian Assange, no Reino Unido, é resultado da forte pressão do governo Trump e de um ato do presidente equatoriano, Lenín Moreno, que contraria as convenções internacionais relativas à proteção de asilados e refugiados e a própria Constituição do Equador. Além disso, configura-se como um ato autoritário, que atenta contra a liberdade de informação.
Por meio do WikiLeaks, Assange lançou luz sobre os casos de crimes de guerra, violação de direitos internacionais e espionagem do governo dos Estados Unidos.
O Brasil aparece nas mensagens divulgadas, inclusive com a espionagem contra a presidenta Dilma Roussef. O WikiLeaks revelou ainda atos de espionagem de informações estratégicas envolvendo a descoberta de imensas reservas de petróleo e a tecnologia desenvolvida pela Petrobrás para exploração em alta profundidade na camada do pré-sal.
Outros documentos da diplomacia norte-americana, revelados pelo WikiLeaks, demonstram a responsabilidade do governo dos EUA em desestabilizar regimes e governos, violando a soberania dos estados nacionais.
As consequências desses atos de espionagem sobre a soberania das nações, violação de direitos internacionais e sobre o próprio estado democrático de direito são percebidas até hoje, em inúmeros países, especialmente na América Latina.
A espionagem e atuação ilegal de governos estrangeiros, assim como o uso das novas tecnologias para fins de manipulação e influência política, como no caso da difusão de fake news, agridem e corrompem as democracias. Por isso, o Partido dos Trabalhadores se associa às forças progressistas e democráticas, que estão denunciando as injustiças e as arbitrariedades cometidas contra Julian Assange.
Defendemos sua imediata liberdade, como forma de reestabelecimento do direito internacional relativo à proteção de asilados e refugiados políticos. Defendemos Julian Assange por nosso profundo compromisso com a defesa da liberdade de informação e imprensa, princípios essenciais da própria democracia.
Partido dos Trabalhadores