A perseguição praticada pela Polícia Federal com motivações políticas não tem limites. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o alvo agora é o professor de jornalismo Aureo Mafra de Moraes, chefe de gabinete da reitoria, acusado de “atentado contra a honra” da delegada Erika Mialik Marena, por entrevistas à TV universitária.
O vídeo que levou a PF a abrir o inquérito contra o professor tem menos de três minutos e mostra os festejos pelo aniversário de 57 anos da universidade, além de registrar “manifestações em defesa da universidade pública” e homenagens ao ex-reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo.
Uma operação iniciada no final de 2017, para investigar supostos desvios na universidade, prendeu o então reitor Cancellier no dia 14 de setembro. Devido à truculência e desmoralização a que foi submetido no processo, Cancellier tirou a própria vida no dia 2 de outubro.
Já em 2018, relatório apresentado pela PF não apontava nenhuma prova de que o reitor teria se beneficiado de alguma maneira do suposto esquema investigado e ele nunca foi indiciado.
Na época da prisão, o PT divulgou uma nota, assinada pela presidenta Gleisi Hoffmann, onde afirmava que “a trágica morte do reitor Cancellier, além de denunciar uma perseguição injusta e arbitrária, é um grito de alerta contra os setores que tentam implantar no país um verdadeiro estado policial”.
Repudiamos mais uma arbitrariedade e humilhação. Defendemos os direitos constitucionais e a obrigação da PF respeita-los.
Por Partido dos Trabalhadores