O Partido dos Trabalhadores se solidariza com a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina e com os familiares do reitor Luiz Carlos Cancellier.
A trágica morte do reitor Cancellier, além de denunciar uma perseguição injusta e arbitrária, é um grito de alerta contra os setores que tentam implantar no país um verdadeiro estado policial.
O reitor foi claramente vítima de agentes do Estado que ultrapassaram suas atribuições e os limites da lei, como vem ocorrendo de forma sistemática, sem que os mecanismos de correição da Justiça e das instituições se pronunciem.
Prender e humilhar, sem base na lei ou em evidências reais, tem-se tornado corriqueiro no Brasil, num ambiente em que a presunção da inocência e o devido processo legal são substituídos pelo mais primitivo linchamento midiático.
No caso do reitor Cancellier, somaram-se aos seus algozes os que operam cotidianamente, por motivos inconfessáveis, para desmoralizar e desconstituir as instituições públicas de ensino superior.
O caso requer medidas imediatas por parte do Ministério da Justiça, da direção da Polícia Federal, da CGU e do Ministério Público Federal para que sejam apuradas e punidas as condutas arbitrárias e ilegais dos agentes públicos envolvidos.
E mostra, mais uma vez, a necessidade de democratizar o acesso aos meios de comunicação, para que o público conheça de forma equilibrada todas as versões sobre uma denúncia, e não apenas o lado de quem acusa sem provas.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores