As manifestações populares do final de semana estimularam novas mobilizações que já contam com uma agenda para os próximos dias. Saudados por Lula, os eventos de domingo (1º) devolveram o povo às ruas para protestar contra o fascismo e Bolsonaro. No final de semana e na segunda-feira, centenas de pessoas foram às ruas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Em Porto Alegre, torcidas, grupos antifascistas e estudantes promovem manifestações há três semanas.
A mobilização no Brasil ganha impulso diante do desastre do governo no combate à pandemia, na condução da economia e nos ataques à democracia. “Estão querendo reeducar o Bolsonaro, mas não querem reeducar o Guedes”, denunciou o ex-presidente Lula, alertando para a urgência da presença do povo nas ruas. “Eles têm ódio e querem eliminar meu povo, o tempo de ficar calado acabou”, disse o ativista anti-racista Emerson Osasco, desafiando a horda de bolsonaristas durante o ato na Avenida Paulista, no domingo.
Novas manifestações no final semana
Diversas manifestações de coletivos antifascistas de torcedores já se organizam para novos protestos neste próximo final de semana. Inspirados pelo evento realizado na Avenida Paulista, no domingo, já estão confirmadas manifestações no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, em Salvador e Porto Alegre. Eventos semelhantes também estão sendo planejados em outros estados por coletivos antifascistas, movimentos de juventude e militantes partidários.
Cuidados com a Covid-19 e provocadores
Nesta terça-feira, a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), divulgou mensagem em apoio às manifestações populares e orientando a mobilização da militância do partido. Gleisi destaca a necessidade de respeitar os protocolos de proteção sanitária contra a Covid-19, como uso de máscaras e distanciamento. A presidente do PT também alerta para a adoção de cuidados com presença de provocadores infiltrados para tumultuar as manifestações pacíficas.
Nas manifestações do final de semana em São Paulo, ativistas de extrema-direita provocam tumultos, seguidos da violência da Polícia Militar contra os manifestantes. Entre os provocadores, portando bandeiras, estavam pessoas ligadas ao Pravy Sektor, grupo de extrema-direita de origem ucraniana. Nos Estados Unidos, de acordo com a mídia local, infiltrados são os principais responsáveis por incêndios e saques.