As eleições de 2014 terão o recorde de 7.021 candidatas – 38% mais do que as 5.056 do pleito de de 2010, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E a proporção de mulheres em relação ao total de candidaturas passou de 22% em 2010 para 29% neste ano. Apesar do progresso, o número de candidatas é muito próximo do mínimo determinado de indicações, que é de 30%.
O Congresso estabeleceu em 2009 que nenhum sexo poderia representar mais de 70% do total de indicações de um partido, para favorecer uma participação democrática no pleito, mas essa proporção não é respeitada. A Secretária Nacional das Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), Laisy Morière, diz que há pouco interesse dos partidos em cumprir com essa determinação.
“O aumento já representa um grande avanço, mas ainda falta muita coisa. Essas candidatas já são poucas e a maioria delas não é eleita. Alguns partidos e empresários ainda são preconceituosos. É difícil uma candidata conseguir os recursos mínimos para fazer a campanha. Essa situação só vai se resolver com a reforma política”, diz.
A proposta de reforma política do PT prevê que só haja financiamento público das campanhas, para haver igualdade entre os candidatos. Além disso, o partido quer estabelecer uma participação maior de mulheres eleitas no Legislativo. O Brasil figura em 124º lugar numa lista de 145 países feita pelas Nações Unidas sobre participação feminina em parlamentos
O PT também tem feito vários seminários e cursos de formação política das mulheres, para incentivar que elas registrem suas candidaturas e participem mais do debate público. De acordo com Morière, a meta do partido é de ter paridade na disputa, com 50% de mulheres no total de candidatos.
Por Bruno Bucis, da Agência PT de Notícias
Por Bruno Bucis, da Agência PT de Notícias