A presidenta Dilma Rousseff afirmou que essa é a eleição mais agressiva dos últimos tempos, por causa da tentativa sistemática dos tucanos de pregarem inverdades a respeito de seu governo. “Nós enfrentamos uma guerra da comunicação contra aquilo que é a verdade dos fatos”, disse durante ato com a juventude, na periferia de São Paulo, na noite de segunda-feira (20).
A oposição propaga mentiras, segundo ela, ao se apropriar da criação de programas como o Bolsa Família ou quando prometem aprimorar o Pronatec e o Prouni. “Na época deles, proibiram a continuidade das escolas técnicas e só construíram 11 unidades, enquanto nós fizemos 420. Além disso, foram contra a implementação do Prouni”, lembrou.
Dilma atribuiu esse baixo alcance dos programas sociais tucanos à conduta elitista do partido. “Eles fazem até os programas sociais para muito poucos. Não olham para o povo”, acrescentou.
Lula – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou sobre o tom agressivo da campanha. Ele disse que jamais poderia imaginar que um candidato pudesse se referir a presidenta da República por palavras como leviana e mentirosa, como fez Aécio Neves. “Não é possível que esse rapaz não tenha tido educação e berço. Ele foi incapaz de respeitar uma senhora, uma mãe, uma avó”, atacou ele.
Lula questionou ainda se Aécio teria se comportado da mesma forma, se estivesse em disputa com um homem, ao invés de uma mulher. “Tem gente que só sabe ser durão contra mulher. Nós nunca dirigimos a eles metade das grosserias que eles usam”, afirmou.
Ele disse esperar a resposta à essas ofensas, no dia das eleições, com o povo reelegendo a candidata petista. “A resposta que a gente vai dar a eles é a vitória de Dilma”, concluiu.
Juventude da periferia – No começo do seu discurso, Dilma agradeceu a presença dos representantes do movimentos sociais e culturais. “Hoje estou com o coração leve, porque aqui estão as principais manifestações da diversidade e da riqueza desse país”, disse.
Ela prometeu se comprometer com as minorias ainda mais em seu segundo mandato, pautando questões como criminalização da homofobia e lutando pelos direitos das mulheres e negros. Dilma disse ainda não poder aceitar manifestação de preconceito contra quem quer que seja.
Representante da luta pelas minorias no Congresso Nacional, o deputado do Psol Jean Wyllys reafirmou seu apoio à candidata. Ele disse que Dilma representa um melhor projeto por proporcionar avanços na sociedade brasileira, mantendo sempre o diálogo com as minorias, ao contrário do PSDB.
“Eu tenho memória e lembro que era o único que pegava ônibus e não tinha negros na minha faculdade. Hoje há a negros, há mulheres, há gente da periferia”, justificou.
Indecisos- Os representantes dos movimentos presentes alertaram para a necessidade de mobilização sobre o público indeciso. O secretário nacional da Juventude do PT, Jefferson Lima ressaltou que esse momento é importante para que haja a engajamento de cada militante.
O secretário de juventude do Movimento Sem Terra (MST), Raul Amorim, reforçou a importante de investir no diálogo com os eleitores indecisos.”É momento de chegar no vizinho, no amigo ou naquele que está indeciso e conversar sobre o projeto que está em jogo nesse país”, disse ele.
Participaram ainda do ato o prefeito de São Paulo, Ferrnando Haddad, o senador Eduardo Suplicy, o coordenador da campanha, Miguel Rossetto, o ex-ministro da saúde, Alexandre Padilha e representantes de movimentos sindicais e da juventude.
Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias