Diante da violência das milícias fascistas e da omissão do governo do Rio Grande do Sul, que não conteve esta violência, a caravana do ex-presidente Lula não participou do ato público realizado na tarde desta sexta-feira (23) na cidade de Passo Fundo, noroeste do Estado.
A rodovia na entrada da cidade foi tomada por grupos que portavam armas de fogo e barras de ferro e que atiravam pedras e rojões contra os veículos. Chegaram a fechar a estrada, ateando fogo a pneus. Na praça onde se realizou o ato, o público foi agredido com ovos, paus e pedras.
Mesmo alertado com antecedência e oficialmente sobre a violência programada contra a caravana, o governo do Rio Grande do Sul não impediu que os grupos se formassem nem mobilizou o efetivo policial necessário para conter os agressores.
O comando da Brigada Militar simplesmente se declarou incapaz de garantir a integridade física do ex-presidente Lula, da ex-presidenta Dilma Rousseff, que o acompanha, e dos integrantes da caravana.
Diante desta situação, Lula seguiu para São Leopoldo (Grande Porto Alegre), para participar do último ato público da caravana em sua passagem pelo estado.
O governo do Rio Grande do Sul não garantiu, como era sua obrigação, o direito de ir e vir dos ex-presidentes. Não impediu tampouco outros atos violentos, como a covarde agressão contra quatro mulheres que participaram de um ato na cidade de Cruz Alta, na quinta (22).
O país não pode conviver com a violência destes setores autoritários, que usam métodos fascistas para calar e interditar aqueles de quem discordam.
E o estado não pode se omitir perante estes atentados, que não atingem apenas o PT, mas agridem a democracia e a liberdade.
Depois de encerrar vitoriosamente sua passagem pelo Rio Grande do Sul, a caravana de Lula segue agora para Santa Catarina e Paraná, levando, pacificamente, sua mensagem de esperança no Brasil.
Por Gleisi Hoffmann, Presidenta Nacional do PT; e Márcio Macedo, Coordenador da Caravana Lula pelo Brasil