A presidenta Dilma Rousseff afirmou neste domingo (5) que fará em seu próximo governo todas as mudanças que forem necessárias para melhorar a vida dos brasileiros. O pronunciamento ocorreu por volta das 22h, num hotel em Brasília, quando faltava menos de um por cento das urnas para serem apuradas.
A candidata do PT obteve 41,58% dos votos e disputará o segundo turno com Aécio Neves (PSDB), que recebeu 33,56%. Marina Silva (PSB) obteve 21,32 da votação e está fora da disputa. “A luta continua”, afirmou a presidenta, em tom bem humorado.
A presidenta agradeceu a participação e o empenho de todos os que lhe concederam a vitória neste primeiro turno da disputa e afirmou que o Brasil não quer retrocessos.
Sem citar nomes, ela criticou a gestão do PSDB na Presidência da República. Lembrou que os tucanos tentaram privatizar estatais como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e as Centrais Elétricas de Furnas e que estão dispostos a implantar medidas impopulares, caso assumam a administração.
“O povo brasileiro não quer de volta o que nós podemos chamar de fantasmas do passado, que quebraram esse País três vezes, com juros que chegaram a 45%, desemprego massivo, arrocho salarial e jamais promoveram quando tiveram a oportunidade, políticas de inclusão social e redução da desigualdade”, disse.
Novas ideias – Dilma reafirmou o compromisso com o uso dos recursos do pré-sal no financiamento à Educação, garantiu que se empenhará na realização de uma reforma política com consulta popular e com a manutenção das políticas sociais e de correção do salário mínimo.
Dilma afirmou que sua nova administração se baseará em novos projetos que servirão para resolver problemas, como os enfrentados na saúde, educação, segurança, economia e políticas sociais.
“Ideias novas também para fazer o Brasil entrar para o novo ciclo de desenvolvimento, um Brasil mais inclusivo, mais produtivo e mais competitivo, garantindo um crescimento que vai assegurar um imenso avanço na nossa sociedade e na vida do nosso povo”, enfatizou.
Dilma também garantiu um combate “sem tréguas” à corrupção. “Precisamos fazer a reforma política, que é a mãe de todas as reformas”, explicou.
“Vamos fazer tudo que estiver no nosso alcance para que haja possibilidade e a certeza de transformar essa reforma em realidade. O primeiro passo, sabemos qual é, mobilizar a população num plebiscito popular”, disse.
A presidenta agradeceu o envolvimento da militância do PT e dos partidos aliados em sua campanha, à sua equipe e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ela também fez uma homenagem especial às populações de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, unidades da Federação onde ela obteve expressiva votação.
“Muito obrigada por tudo e vamos à luta, porque ela é a nossa forma, nosso meio e o Brasil precisa de cada um de nós, precisa de vocês”, afirmou.
Da Redação da Agência PT de Notícias