O documentário ‘O Processo’, dirigido pela cineasta Maria Augusta Ramos, que reconstitui os 271 dias que antecederam o golpe que usurpou o cargo de Dilma Rousseff (PT), presidenta legitimamente eleita por mais de 54 milhões de votos, foi pré-indicado ao Oscar de 2019 na categoria Melhor Documentário. Outras 166 produções concorrem ao troféu.
O Processo já havia sido aclamado pela crítica em importantes circuitos, como o Festival de Berlim, onde chegou a ser escolhido pelo público como o terceiro melhor documentário da mostra.
Na época da estreia, a diretora chegou a afirmar, durante entrevista ao jornalista Juca Kfouri, no programa Entre Vistas, da TVT, que o filme, ao retratar os bastidores e a disputa pela narrativa entre opositores e apoiadores de Dilma e da democracia, não apresenta lados. “Tento retratar a realidade por diversas narrativas e pontos de vista”, explicou.
Outras duas obras brasileiras também concorrem na mesma categoria de Melhor Documentário, ‘Nossa Chape’ que relembra a tragédia aérea com a equipe de futebol do clube Chapecoense em 2016, e ‘Piripkura’, que dá nome também a uma etnia indígena e conta a história de dois de seus descendentes, que sobrevivem em uma área dominada por madeireiros e fazendeiros.
A seleção final dos concorrentes ao prêmio máximo da academia de cinema norte-americana será anunciada no dia 22 de janeiro e a premiação ocorrerá no dia 24 de fevereiro.
Da CUT