A presidenta Dilma Rousseff entregou, nesta sexta-feira (21), a primeira Estação de Bombeamento do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco em Cabrobó (PE).
Durante a cerimônia, Dilma recordou que, no dia 21 de agosto de 2014, esteve no local com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “a pessoa responsável pelo início desta obra”.
“Naquele dia ficamos impressionados com a chegada da água, mas a gente achou que era pouca. Ficamos admirados com a grandiosidade dessa estação de bombeamento”, recordou.
A presidenta afirmou que assumiu o compromisso com Lula de entregarem juntos o Projeto de Integração concluído. “Ela vai ficar pronta ainda em 2016 e quero estar aqui com ele em dezembro inaugurando essa obra”, declarou, novamente aplaudida.
A estação levará água por 45,9 quilômetros até as estações de Terra Nova e Tucutú, ambos em Cabrobó. Trata-se da segunda estação de bombeamento em operação. A primeira é localizada no Eixo Norte do Projeto. O investimento no trecho foi de R$ 625 milhões.
Ao todo, 77,8% das obras de todo o projeto estão concluídas. A previsão é que todas as estações estejam em funcionamento até o início de 2017. A obra vai garantir segurança hídrica para 12 milhões de pessoas em 390 municípios.
“Doze milhões de pessoas é mais que a população do Paraguai e do Uruguai somadas”, ressaltou a presidenta.
O governo federal assinou um acordo com o governo estadual de Pernambuco para garantir o abastecimento de água para as comunidades que vivem em torno do trecho do rio que corta o estado.
Mais de 80 mil pessoas serão beneficiadas, entre pequenos agricultores rurais, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais, como quilombolas e indígenas.
O governo federal destinará o recurso para as obras de abastecimento, a serem administradas pelo estado. Acordo similar ocorrerá com os governos do Ceará, do Rio Grande do Norte e da Paraíba, onde também há obras da Integração.
A presidenta ressaltou a realização de outras obras em regiões atingidas pela seca, para diminuir o impacto da falta de chuvas no dia a dia da população.
“Queremos garantir que, quando a seca vier, será possível manter a rotina praticamente normal. Conviver é saber que mais cedo ou mais tarde ela (seca) chega mas, quando chegar, não nos pega sem proteção”, detalhou.
Preservação – De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), a quantidade a ser captada após a Integração foi calculada para não vai prejudicar o São Francisco, mesmo em períodos de seca.
O governo federal garantiu ainda, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 2,5 bilhões para ações de revitalização do rio. Cerca de R$ 1,7 bilhão já foram investidos.
De acordo com a presidenta, os ministros da Integração, Gilberto Magalhães Occhi e do Planejamento, Nelson Barbosa, vão elaborar conjuntamente um plano de garantia de revitalização para os próximos dez anos.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias