O governo do estado de São Paulo está desde 2013 atrasado para concluir as obras de duas linhas de Metrô e para instalar o novo sistema de controle de trens. São 31 veículos com a tecnologia CBTC, sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação, que tem a função de reduzir o intervalo entre os trens e, em consequência, diminuir a superlotação.
Na linha 5-Lilás, o primeiro trem está pronto para ser usado desde outubro de 2013. Entretanto, deve entrar em operação apenas em dezembro deste ano, quando a garantia de fábrica de dois anos estiver vencida.
A conclusão das obras dessa linha estava prevista para este ano, mas em março o governador Geraldo Alckmin (PSDB) alongou o prazo para 2017.
Segundo o Metrô, os atrasos são de responsabilidade da empresa Bombardier, que cuida da modernização da via e que barram o uso dos novos trens. O prazo para conclusão era novembro de 2014. A empresa informou, por meio de nota, que negocia dezembro deste ano como nova data de entrega.
O governo tucano afirma que rescindiu, no dia 30 de julho, o contrato com o consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam responsável pela construção de duas das quatro estações que ainda faltam na Linha 4-Amarela do metrô.
Segundo o portal “G1”, o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou que vai cobrar uma multa de R$ 23 milhões do consórcio por abandono da obra, descumprimento de normas de qualidade e segurança, além da ausência de pagamento das empresas subcontratadas.
O consórcio, em contrapartida, respondeu dizendo que não foi o governo que rescindiu o contrato, mas a própria empresa, após a não entrega dos projetos executivos necessários para a continuidade das obras por parte do Metrô.
Segundo o deputado estadual José Américo Dias (PT-SP), o governo local alega que rescindiu o contrato com a empresa, que rebate, informando que foi ela quem entregou a obra pela falta de entrega do projeto executivo por parte do Metrô.
“No jogo de empurra-empurra, quem perde é a população com o atraso histórico na entrega das novas estações. Há prejuízo aos cofres do Estado e principalmente à população, que infelizmente é a mais prejudicada pela falta de gestão do governo do PSDB em São Paulo”, afirmou.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias