Já chegou a 171 o número de universidades ocupadas contra a PEC 55 (antiga PEC 241). O movimento universitário ganha fôlego e se soma às mais de 1 mil escolas ocupadas em todo o Brasil que estão contra a reforma do ensino médio e também contra a proposta de emenda constitucional.
Os estudantes criticam a PEC fundamentalmente porque a proposta irá limitar o crescimento dos investimentos governamentais em áreas como saúde e educação pelos próximos 20 anos, precarizando ainda mais a situação desses setores. Já a reforma do ensino médio é criticada por ser imposta via Medida Provisória 746, sem debate com a sociedade.
Confira abaixo o mapa completo das ocupações, realizado por estudantes mobilizados no campus de Valença do Instituto Federal da Bahia, com apoio do professor de história Erahsto Felício, baseado nas informações divulgadas pelas entidades estudantis:
Uma das ocupações mais recentes foi na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na última sexta-feira (04), decidida em assembleia com centenas de estudantes.
“A UFRJ ter aderido a ocupação contra a PEC 241 é uma grande referência da maior universidade popularizada do Brasil resistir a este governo golpista e está cumprindo seu papel histórico de mobilização, luta pela democracia, pelos direitos e pela universidade pública”, destacou a diretora de Universidades Públicas da União Nacional dos Estudantes (UNE), Grazi Monteiro.
Os estudantes cariocas deliberaram uma Audiência Pública com o reitor Roberto Leher para garantir uma porcentagem dos recursos da universidade para assistência estudantil, apoio às mobilizações da greve geral das centrais sindicais no dia 11 de novembro e apoio à caravana das ocupações construída pela UNE até Brasília no dia da votação da PEC 55.
A UNE convocou todas as ocupações estudantis e os 85 diretores da entidade para uma reunião nos próximos dias 14 e 15 de novembro, na Universidade de Brasília (UnB), na capital federal.
“Queremos debater o papel das ocupações e os próximos passos de enfrentamento a PEC que quer acabar com a educação pública brasileira”, ressaltou o diretor da entidade, Rarikan Heven.
No dia 15 de novembro haverá uma reunião conjunta de todas as entidades estudantis, UNE, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a Associação Nacional dos Pós Graduandos (ANPG) e várias entidades do movimento educacional como Andes, PROIFES, Fasubra, CNTE, Contee.
Da Redação da Agência PT de notícias