Líderes do PT no Congresso acusam parte da oposição de utilizar artifícios para dificultar o trabalho da base aliada. As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) quando são de interesse dos opositores em pouco tempo são instaladas no Congresso e começam suas reuniões em pleno trabalho. Entretanto, o contrário não acontece.
O deputado e líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), afirma que em todos os momentos a oposição se movimenta para trancar pautas de interesse da base aliada e impede que os processos andem.
“Se for fora da linha de interesse deles, eles usam diversas maneiras e diferentes artefatos para que as pautas parem. Isto acontece tanto na Câmara como no Senado. A oposição está usando condutas arbitrárias para tentar criar um factoide”, afirma.
No Senado, a falta de colaboração dos demais parlamentares persiste e, segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a oposição insiste em desgastar o governo e prosseguir apenas com as CPIs que são de seu interesse.
“A oposição está sempre buscando maneiras para dar continuidade nesse trabalho permanente de desgastar o Partido dos Trabalhadores e o governo da presidenta Dilma Rousseff”, ressalta o senador.
Exemplo da falta de empenho dos opositores são as CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), que investiga prejuízo que pode chegar a R$ 19 bilhões nos cofres públicos e a CPI do HSBC, que analisa a conta bancária de mais de oito mil clientes brasileiros do banco na Suíça que movimentaram cerca de US$ 7 bilhões, grande parte com imposto sonegado.
“Quando a CPI não é do interesse deles, não há o mesmo empenho em tentar instalá-la. Na CPI do Carf, por exemplo, além de dificultar a instalação eles ainda colocaram parlamentares com pouca experiência para participar e que quase não têm comparecido à comissão”, ressalta o senador.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notíticas