A manhã de votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva contra o presidente ilegítimo Michel Temer, nesta quarta-feira (2), começou com manifestações e obstruções por parte de parlamentares do PT e de outros partidos de oposição. Com isso, a manhã foi encerrada com o adiamento da votação para o fim da tarde.
No protesto, parlamentares caminharam pelo hall e foram até o plenário com faixas pedindo a saída do usurpador e malas, com notas faltas, simbolizando a apreensão de R$ 500 mil que estavam sob a guarda do suplente de deputado Rocha Loures que seriam destinados a Temer, segundo denúncia da Procuradoria. Temer é acusado pela PGR de de ter recebido propina dos donos da JBS.
Deputados como Reginaldo Lopes (PT-MG), Margarida Salomão (PT-MG), Maria do Rosário (PT-RS) e deputado Paulo Pimenta (PT-RS) usaram no ombro adesivo Fora Temer, ironizando parlamentar Wladimir Costa (SD), que fez uma tatuagem em “homenagem” a Temer.
O líder da oposição na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), criticou o rito do plenário. “A acusação não teve o direito de se pronunciar neste plenário. Falaram o relator e a defesa do presidente e logo em seguida foi dado espaço para os discursos dos deputados. Isso não pode acontecer”, reclamou.
Em consulta a líderes de bancada, Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara, votou a favor do requerimento de adiamento da votação por dois motivos: a ausência do contraditório e o horário em que a votação estava ocorrendo, que inviabiliza o acompanhamento do processo pelo povo brasileiro.
Segundo ele, havia vício no processo. “Entramos com ação no Supremo Tribunal Federal para que esse vício seja corrigido”, disse.
Com 292 votos, Câmara decidiu pelo fim da discussão sobre a denúncia contra Temer pela manhã. Com 20 votos contra e 2 abstenções, a votação foi adiada.
Foi uma vitória da oposição, pois a Mesa precisou recontar as presenças para conseguir o quórum de 342 deputados, dando fôlego para que a oposição conseguisse levar até o fim da tarde a votação da denúncia.
A nova sessão faz parte da estratégia da oposição. A votação final é por ordem alfabética, votando em 15 segundos, sim ou não.
Da Redação da Agência PT de Notícias