Partido dos Trabalhadores

Opositores se apoiam em “pedaladas políticas” para tentar chegar ao poder, critica Dilma

Em entrevista à emissora de TV, presidenta Dilma afirma que não há materialidade para impeachment e acusa oposição de tentar destituí-la através de atalhos

Presidenta Dilma Rousseff, durante cerimônia de abertura do 12º Congresso Nacional da CUT - CONCUT. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff chamou as estratégias golpistas adotadas por setores da oposição para tentar pôr fim ao seu mandato de pedaladas políticas, em entrevista concedida na quarta-feira (14) à EPTV, filiada da Rede Globo em São Paulo.

“Nós achamos que não existe nenhuma base, nenhuma materialidade, nenhum elemento para se pedir um processo de impedimento em relação ao meu mandato”, ressaltou, na quarta-feira (14).

“Consideramos que é, de fato, uma medida muito casuística, não só casuística, mas golpista. É tentar chegar ao poder através de pedaladas políticas, isso sim é pedalada, chegar ao poder através de atalhos”, continuou.

Questionada sobre a situação econômica, Dilma lembrou que o Brasil tem uma reserva de US$ 376 bilhões e que “ninguém” com esse valor “quebra”.

“Vivemos, sem sombra de dúvidas, um momento de dificuldade. Mas esse momento encontra o Brasil mais forte, mais resistente, com maior robustez. Nós não quebramos”, esclareceu.

Ela garantiu que o País sairá da “crise mais forte e com condições de fazer um ciclo de crescimento sustentável e mais robusto”.

“A pior coisa que tem é a gente não ver o que está acontecendo. Em todas as crises do Brasil, o processo de crise dura entre 8 meses, no máximo 1 ano, 1 ano e meio”, avaliou.

Dilma falou também sobre as políticas sociais adotadas pelas gestões petistas que melhoraram significativamente a vida da população brasileira nos últimos 13 anos.

“Nós fizemos um esforço enorme nos últimos 13 anos para ampliar o acesso à universidade dos jovens no Brasil inteiro, tanto por meio da unificação do chamado vestibular, como por meio do Prouni, quanto financiando também mais vagas nas universidades privadas”.

A presidenta esteve em alguns municípios paulistas na quarta-feira, em agenda oficial, como a inauguração do Complexo de Laboratórios de Tecnologia do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) em Piracicaba.

Sobre o setor sucroalcooleiro, Dilma defendeu que começará uma fase muito melhor, relacionada ao aumento dos preços do açúcar e da gasolina, e da participação do etanol na mistura de gasolina.

“Quando o preço da gasolina aumenta, aumenta também a margem do etanol nesta questão e isso significa mais produtividade, mais lucro e, portanto, mais recursos para o setor”, analisou.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias, com informações da EPTV