Organizações, partidos políticos, ambientalistas, intelectuais, indígenas, quilombolas e artistas se reuniram do dia 6 a 8 de junho para realizar o Seminário “Terra e Território: Diversidade e Lutas” e criar um documento sobre a luta agrária e ambiental no Brasil, e para denunciar os retrocessos causados por Jair Bolsonaro (PSL).
A Carta Terra, Território, Diversidade e Lutas possui sete compromissos das 50 organizações participantes, e foi lançada neste sábado (8) durante o ato político que encerrou o seminário. O ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, participou do evento e reafirmou a importância de defesa dos direitos dos povos do campo.
“O acesso a terra no nosso país vinha evoluindo, mas Bolsonaro não tem compromisso com a agenda de desenvolvimento sustentável. Ele só veio pra destruir o que estava sendo construído. Os partidos aqui representados apresentaram propostas. Nós temos uma agenda e nós sabemos como traduzi-la em ações práticas pra levar bem estar para o povo”.
Haddad falou também da greve geral que irá acontecer nesta sexta-feira (14), e da importância de todos os trabalhadores e trabalhadoras aderirem porque as manifestações vêm dando resultado. “A justiça proibiu os cortes do MEC, isso é fruto de nossas manifestações do dia 15 e dia 30. Eles só vão recuar se eles perceberem que tem resistência do nosso lado. Nós temos um ambiente que as instituições estão fragilizadas mas podem ser fortalecidas através da base. A base é que vai dar essa orientação de defesa do Brasil e defesa da democracia. Vamos nos unir e lutar contra quem tá desmontando o nosso país”.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos (PSOL), também esteve presente e falou da tentativa de Bolsonaro de criminalizar os movimentos sociais. “Mais do que nunca a unidade das nossas lutas hoje é fundamental. Além dos retrocessos também há a tentativa de criminalizar aqueles que lutam. Bolsonaro quer criminalizar os movimentos de ocupação de terra, se ele quer acabar com o movimento, o melhor jeito é construindo 8 milhões de moradias, fazendo uma reforma agrária”.
Boulos também reafirmou a necessidade de toda a população aderir a greve geral. “Precisamos estar nas ruas no dia 14, quinta-feira é uma disputa pelo futuro. O que eles têm não é reforma, é a destruição da Previdência pública, nós temos que estar na rua em defesa da previdência mas também pelo futuro, essa greve geral é uma das mais importantes da história do nosso país”.
O seminário aconteceu na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), e contou com discussões e análises de questões que envolvem os modelos de ocupação de terras e a defesa do meio ambiente, tanto em áreas urbanas como rurais.
Greve Geral
Organizada pela CUT e demais centrais sindicais, a greve geral acontece na próxima sexta-feira (14) em todo o Brasil para reivindicar os direitos do povo brasileiro. Em defesa da Previdência pública, da educação, da saúde, o país irá parar em protesto aos retrocessos impostos por Jair Bolsonaro.
A adesão está crescendo diariamente e muitas categorias estão com assembleias e plenárias agendadas ainda para a próxima semana.
Desde o anúncio oficial da greve geral, no dia 1º de maio, os trabalhadores e as trabalhadoras, sindicalistas e militantes estão indo de rua em rua, fazendo conversas, divulgando nos caminhões de sons os impactos da reforma da Previdência e dos cortes na educação para o Brasil e os brasileiros, falando sobre a falta de uma política de combate ao maior drama de todos que é o desemprego e, claro, sobre a importância de paralisar a cidade.
A expectativa é que nesse 14 de junho seja realizada a maior greve da história do Brasil.
Da Redação da Agência PT de Notícias