Prestes a encerrar as atividades legislativas, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), se mostrou otimista com a posse do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e disse que o Brasil precisa de mais crédito para consumo, liberação de empréstimos e esforços para investir no setor público e privado para reaquecer a economia brasileira.
“Eu defendo que a Fazenda tem que liberar empréstimos para os estados. Vários estados estão precisando. Aumentar um pouquinho a dívida, não tem problema não. Eles têm margem de endividamento. Se reaquece a economia estadual, reaquece a nacional também. Não pode mais ficar esse casulo de segurar, segurar. Já segurou demais”, afirmou.
Na área legislativa, Guimarães disse que o ano foi agitado e positivo com a votação de 28 medidas provisórias, quase 90% do total, a maioria delas relacionadas ao ajuste fiscal. Entre as matérias aprovadas na reta final e que darão fôlego para a economia em 2016 estão a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o orçamento para 2016.
“Precisamos do ajuste para retomar o crescimento. E acho que essa é a missão do Nelson Barbosa. Não é do mercado que o Brasil precisa nesse momento, mas acho que precisamos de mais Estado e menos mercado. (…) espero que ele pilote a economia brasileira concluindo o pacote do ajuste fiscal e retomando o crescimento”, afirmou o líder afirmando que não tem como 2016 ser pior do que 2015.
Para ele, a crise política não pode mais interferir na economia e afirmou que 2015 foi o ano mais difícil de sua vida como parlamentar, mas que estará mais preparado para o ano seguinte.
“Foi um ano muito estressante, muito duro, talvez o ano mais difícil da minha vida política de deputado. Com certeza foi o ano mais difícil. Saio mais temperado e forte para enfrentar 2016”, afirmou.
O líder do governo falou ainda sobre as pautas para 2016. Ele ressaltou que a prioridade será a discussão sobre a volta da CPMF, um possível reforma na Previdência nos próximos anos e disse que manterá como prioridade a aprovação das medidas do ajuste fiscal propostas pelo ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy que ainda não foram votadas pelo Congresso.
“Elas continuam sendo prioridade. Vamos concluir o ajuste, manter o equilíbrio, mas não fica só aí. Temos que retomar o crescimento. Medidas para reaquecer a economia precisam ser tomadas. Apostamos que 2016 pode ser o ano da retomada”, disse.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias