O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) protocola nesta segunda-feira, 28, representação no Ministério Público Federal para questionar o bloqueio de acesso ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do Ministério da Saúde do servidor Luis Ricardo Miranda.
Luis Ricardo é funcionário de carreira do Ministério da Saúde e irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF). Os dois, em depoimento à CPI da Covid do Senado Federal, denunciaram supostas irregularidades que teriam sido cometidas na tramitação da possível compra da vacina Covaxin, e que haviam relatado os indícios de possível corrupção ao presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o deputado Luis Miranda, durante o encontro com o presidente, Bolsonaro teria atribuído o caso ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
No domingo (27), o parlamentar relatou em suas redes sociais que o irmão teve bloqueado o seu acesso ao SEI, que é o sistema eletrônico de processos administrativos da pasta. É nele que ficam registrados os atos do MS e que necessita de registros dos usuários responsáveis para ser acessado. Diversos documentos referentes ao caso Covaxin, que foram mencionados por Luiz Ricardo em seu depoimento à CPI se encontram registrados no sistema.
Em sua representação ao MPF, o deputado Alexandre Padilha lembra ao MPF que tanto o servidor como o seu irmão estão envolvidos “em rumoroso caso de denúncia de malversação de recursos públicos contra o atual governo, de modo que causa estranheza o bloqueio ao acesso do servidor ao sistema do ministério em que trabalha”.
Padilha requer a abertura de um procedimento de apuração para saber do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, qual o motivo do bloqueio de acesso ao sistema e quem foi que determinou tal medida. Além disso, o documento indaga se existe alguma relação entre a perseguição contra o servidor que foi denunciada pelo parlamentar com o fato dele ter contribuído com os trabalhos de investigação da CPI do Senado Federal.
Da Redação, com assessoria parlamentar