Ao iniciar o primeiro debate entre os candidatos o governo de São Paulo, na TV Bandeirantes, no ultimo sábado (23), Alexandre Padilha (PT) apresentou o programa “Agiliza São Paulo”. A ideia é tirar do papel tudo que o atual governador prometeu realizar e não cumpriu, com destaque pra Linha 4 do metrô.
“Projetos não são discursos, mas o que fazemos pelas pessoas. Quero ser governador para São Paulo ser líder em segurança, em transporte, em saúde e educação”, disse o candidato da coligação “Pra Mudar de Verdade”.
Para o ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff, São Paulo é o estado mais rico do País e tem que ser líder em tudo. Ele prometeu ampliar o metrô, criar o bilhete único metropolitano com desconto na passagem e escolas públicas de tempo integral.
Principal alvo das críticas de todos os candidatos, o tucano Geraldo Alckmin não participou do debate por causa de problemas médicos. Os outros seis candidatos manifestaram frustração, pois desejariam questionar o desgoverno de mais de 20 anos que o PSDB realiza em São Paulo.
Antes do debate, Padilha entregou aos jornalistas, um CD com imagens de promessas feitas por Alckmin, e não cumpridas pela sua gestão.
Para combater a corrupção, Padilha prometeu criar a Controladoria Geral do Estado, nos mesmos moldes da Controladoria Geral da União (CGU) do governo federal. O Mais Médicos também foi destacado por Padilha no debate: “Antes do programa, 10 milhões de paulistas não tinham médicos. E hoje, eles tem” disse o ex-ministro.
A crise de falta d’água é um tema com destaque na pauta de Padilha, que propôs o programa “Água Dia e Noite”, baseado em três eixos de execução: o primeiro é a realização de obras estruturantes para ampliar a capacidade de armazenamento de água em todo o Estado, previstas há 10 anos e que não foram feitas pela Sabesp. O segundo eixo são ações para diminuir o desperdício de mais de 32% da água tratada, substituindo tubulações da rede. O terceiro eixo são soluções inovadoras como o reuso da água em pólos petroquímicos.
Padilha vai criar o CEU da Juventude: escolas em tempo integral com curso técnico opcional em um dos turnos. O estudante sairá capacitado para entrar no mercado de trabalho ou prestar vestibular nas melhores faculdades do Brasil, como USP e Unicamp. A proposta é fazer pelos jovens o que os CEUs criados no governo da Marta fazem pelas crianças. Eles terão esporte, cultura, saúde, segurança, cursos de Idiomas, estúdios Multimídia e bolsas de Intercâmbio no exterior.
O programa Aprender é Direito, que vai acabar com a atual aprovação automática na escola pública de São Paulo, e será acompanhado de um salário melhor aos professores e professoras. Em parceria com as universidades, a Academia do Professor, para oferecer formação continuada, em todo o Estado, na rede estadual. Outra meta na Educação é o Pronatec Paulista, para oferecer 2 milhões de vagas em cursos técnicos, ao somar recursos federais e estaduais.
Saúde – Com a Rede de Saúde 3 em 1, Padilha propõe oferecer consultas com especialistas, exames e cirurgias num só lugar. Ele pretende construir novos Hospitais 3 em 1 e modernizar as AMES já existentes, que passarão a se chamar AMES 3 em 1 e farão todas as cirurgias eletivas. Padilha também vai fazer parcerias com hospitais e clínicas privadas em todo o Estado. Nesses lugares, onde terá o cartaz “Aqui Tem Rede Saúde 3 em 1”, a população também será atendida de graça.
Após criar o Mais Médicos, programa que levou atendimento básico de saúde para 10 milhões de paulistas, Padilha planeja ampliar o número de médicos especialistas na rede pública. Para isso, vai fazer parcerias com hospitais e clínicas privadas e ampliar as vagas de residência médica para formar mais especialistas. As pessoas terão mais pediatras, ortopedistas ou neurologistas, por exemplo, e também mais lugares para se consultar. Assim, Padilha vai diminuir as filas para consultas, exames e cirurgias.
Quando foi ministro da Saúde, Padilha aumentou a cobertura do SAMU para 140 milhões de brasileiros e, agora, quer levar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência para 100% dos municípios paulistas.
Por Marcos Paulo Lima, da Agência PT de Notícias