Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não é justo que o Brasil pague o preço por um clima de “terceiro turno” eleitoral, como o vivido este ano capitaneado pela oposição inconformada com o resultado das urnas em 2014.
Em artigo publicado nesta quarta-feira (30) no jornal “Folha de S. Paulo”, Dino afirmou que o “Brasil não precisa trocar de governo agora” e lembrou do movimento Golpe Nunca Mais, lançado em dezembro por ele, pelo ex-ministro Ciro Gomes e pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, em defesa da democracia, da Constituição e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“No presidencialismo não existe impeachment por impopularidade ou por desconfiança, como ocorre no parlamentarismo. O impeachment é uma gravíssima sanção para a prática de crime de responsabilidade elencado na Constituição”, destacou.
Por isso, completou Dino, o impeachment “não pode ser uma decisão puramente política”.
“Deve obedecer a um rigoroso procedimento, como o STF demonstrou no julgamento da ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental) proposta pelo meu partido, o PC do B”, ressaltou o governador.
Segundo Dino, a decisão do Supremo Tribunal Federal e a “ampla rede de legalidade” que se formou no País fecham o caminho para atalhos baseados somente em vontades pessoais e não no direito”.
“O Supremo reafirmou a essência da opção constitucional: governo das leis e não governo dos homens”, afirmou.
Dino acredita que o Brasil precisa de diálogo para superar o atual momento de crises política e econômica, sugerindo, inclusive, a necessidade da participação dos “dois principais partidos políticos brasileiros, o PT e o PSDB”.
“No terreno econômico, precisamos fortalecer a Petrobras, empresa essencial para que consigamos sair da crise, além de proteger a engenharia nacional, patrimônio de décadas que não pode ser destruído”, finalizou.
Da Redação da Agência PT de Notícias