Após o ajuste fiscal e elevação da tributação de lucros de bancos de 15% para 20%, o governo federal limitou também os gastos do Poder Executivo previstos para este ano. A previsão é gerar uma economia de R$ 118 milhões, em relação aos anos anteriores.
Em publicação no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (28), o governo limitou os gastos com o funcionamento dos ministérios. Entre os serviços ajustados estão despesas com diárias em hotéis e passagens aéreas, apoio administrativo, consultoria, serviços de cópias, de telecomunicações, locação de imóveis, de veículos, de máquinas e equipamentos, de mão de obra e terceirização.
A regra também proíbe novas contratações relacionadas a aquisição, além de reforma de imóveis e locação de máquinas e equipamentos. Haverá exceção quando se tratar de situação de necessidade inadiável ou em casos de prorrogação e substituição contratual.
A pasta do Planejamento afirmou que algumas medidas já têm sido adotadas para diminuir as despesas da União. Exemplo disso, segundo o ministério, é a compra direta de passagens aéreas.
Também foram solicitadas novas licitações de telefonia móvel que permitirão uma economia de R$ 378,6 milhões.
Na última semana o governo anunciou um corte de R$ 69,9 bilhões na União e o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga pelos bancos, que vai gerar um valor de R$ 3,8 bilhões por ano aos cofres públicos.
Aumento – Os gastos do governo também aumentaram nos últimos anos devido ao aumento da população idosa no País, os reajustes do salário mínimo, a nomeação de novos concursados e o investimento em áreas e programas sociais.
Com o crescimento da população idosa, o gasto da Previdência Social também aumenta e deve consumir, apenas neste ano, cerca de R$ 437 bilhões.
O investimento em áreas sociais como Saúde e Educação, os benefícios repassados a população como o Programa Bolsa Família e o repasse de dinheiro para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são os que recebem a maior parte dos investimentos, algo em torno de R$ 312 bilhões neste ano.
Já os gastos com novos servidores e reajuste salarial do setor devem chegar aos R$ 235 bilhões em 2015.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias