Nesta semana, a vereadora Bia Caminha enfrentou uma situação de violência, mas também inusitada, na Câmara Municipal de Belém do Pará. Durante a votação de uma moção em repúdio aos cortes da Educação, os vereadores da base bolsonarista partiram para o ataque verbal causando tumulto e confusão na Casa. O motivo dos ânimos ‘exaltados’, além do machismo, provavelmente foi a pesquisa Datafolha que mostrou o presidente Lula na liderança da disputa eleitoral em 2022.
Não obstante em causar confusão durante a votação, no dia seguinte, os vereadores da base bolsonarista permaneceram nos ataques às conquistas do Partido dos Trabalhadores, usando de desinformação para confundir as pessoas.
“Essa semana os vereadores estão bem exaltados falando do partido dos trabalhadores. Eu nem me esquento mais. O povo sabe. Não é à toa que Lula lidera as pesquisas e vai voltar a ser presidente. As urnas decidem”, ressaltou Bia Carminha, vereadora do PT em Belém.
A violência de gênero na política tem aumentado nos últimos anos, principalmente durante o governo Bolsonaro que legitima esse tipo de comportamento. As últimas campanhas eleitorais têm sido um desafio ainda maior para as mulheres e vão além da vitória das urnas. Em Ribeirão Preto, por exemplo, um CPF ‘inexistente’ entrou com pedido de cassação do mandato da vereadora Duda Hidalgo. Em Fortaleza, a vereadora Larissa Gaspar enfrenta ataques recorrentes por parte de grupos extremistas na capital cearense.
“Vencemos a primeira parte da batalha por maior participação política das mulheres: garantir a eleição. Agora, nosso desafio é manter o exercício pleno do mandato, garantir voz e segurança física e mental para as parlamentares, além de combater a violência política de gênero institucional nas Câmaras, Assembleias e Congresso”, reforça Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT
zc