Os presidentes da CUT, Sérgio Nobre, e das principais centrais sindicais do país exaltaram o ex-presidente das República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora. Para eles, só a candidatura e eleição de Lula podem recuperar o Brasil e retirar do poder o governo genocida de Jair Bolsonaro (PL).
Eles defenderam no ato por “Emprego, Direitos, Democracia e Vida” dias melhores aos brasileiros com mais saúde, educação, emprego e democracia, diante de milhares de pessoas que lotaram a Praça Charles Miller, no Pacaembu, zona oeste de São Paulo, desde as primeiras horas da manhã.
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O presidente da CUT Nacional voltou a ressaltar que dentro de cinco meses os brasileiros terão a eleição de suas vidas e a tarefa que é tirar Bolsonaro e colocar Lula. “Nossa tarefa é tirar Bolsonaro e colocar Lula. Vamos transformar cada sindicato em um comitê de luta em defesa da democracia. Acolher o povo que está passando fome, porque a eleição deste ano, é a eleição que vai definir o Brasil para os próximos 20 anos. Essa será uma vitória do movimento sindical não só no Brasil, como no mundo”, declarou Nobre.
A tristeza do povo brasileiro foi destacada por José Gozze, presidente da Pública – Central do Servidor. Segundo ele, os sindicalistas estavam ali, naquele momento, para fazer um Brasil mais alegre.
“O Brasil está triste neste momento, por isso queremos dar um tchau a Bolsonaro. Queremos Lula lá, e para isso estamos em luta”, destacou.
O secretário-Geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, foi enfático ao criticar Bolsonaro pela carestia, os preços dos alimentos e o desemprego. “Nós queremos sepultar essa tragédia da extrema direita e, por isso, apesar de qualquer diferença que tenhamos, é Lula , presidente do Brasil, para revogar o Teto de Gastos Públicos, as reformas Trabalhista e da Previdência, ter empregos. Viva o 1º de Maio e Fora Bolsonaro”.
O golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, a “puxada de tapete”, são motivos para lutar por um novo projeto para o país, declarou Luiz Gonçalves, o Luizinho representante da Nova Central (NCST).
“Temos o dever de eleger um novo projeto e uma frente progressista para recuperar nossos direitos. Precisamos melhorar a nossa organização, os movimentos contra a carestia, e lutar também contra o modelo dos aplicativos que escraviza o motorista, o motoqueiro e o ciclista. Só nos organizando nos bairros defenderemos a democracia. Via Lula!, Viva a democracia e Fora Bolsonaro”, concluiu.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, citou a crise econômica por atinge o país e o povo, com os aumentos dos combustíveis, do gás de cozinha e o privilégio aos bancos privados dados pelo governo Bolsonaro com justificativa para mudar o rumo nas eleições.
“Enquanto o povo passa fome, e nem consegue comprar um botijão de gás, nem tirar o carro da garagem, o Itaú, o Santander, o Bradesco e o Banco do Brasil bateram recorde de lucro de quase R$ 82 bilhões. O limite deles é a pílula azulzinha [viagra] o gel lubrificante, a prótese peniana”, disse se referindo às compras feitas pelos militares com recursos públicos.
O presidente da UGT, Ricardo Path disse que as centrais estão unidas contra a carestia e em defesa do povo que está morrendo de fome, apesar de viver em um país onde se plantando tudo dá. “O Brasil é rico em agricultura, mas o povo está sem comer, sem cidadania, a política de valorização do salário mínimo foi perdida. Por isso precisamos ter uma voz unida, capaz de levar para todos os brasileiros, o grito de fora Bolsonaro e eleger quem está sempre no meio de nós. Vamos eleger Lula!”, conclamou Path.
Outro dirigente sindical que responsabilizou Bolsonaro pela crise econômica do país foi Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
“O gás subiu 19% esta semana e isso afeta a população mais pobre do Brasil. Temos de mudar isso e lutar por mais saúde e o fim da carestia. Quem quer um governo que coloque o pobre no orçamento da União levante a mão”, pediu enquanto levantava a mão de Lula.
Presidenta do PT afirma que crise econômica é responsabilidade de Bolsonaro
Acompanhada do presidente do PT de São Paulo, o ex-ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a presidenta do PT Nacional do partido, Gleisi Hoffmann, agradeceu a acolhida no ato e destacou que o PT leva em seu nome a palavra “trabalhadores” e não é por acaso.
“Aqui está a militância que coloca como prioridade a maioria da causa do povo brasileiro, em busca da qualidade de vida dos brasileiros, ao contrário do atual governo que só luta por seus interesses pessoais, ao confrontar STF. É causa de muita tristeza não ter projeto para o país que convive com gás, gasolina e supermercado caros”, criticou Gleisi.