O relatório anual sobre a agricultura e a alimentação no mundo, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado nesta nesta terça-feira (13), aponta a eficácia dos programas de proteção social para reduzir a pobreza e a fome.
A organização aponta que os programas de proteção social “não reduzem o esforço de trabalho”, mas incentivam o investimento na agricultura e em outras atividades econômicas.
Segundo o relatório, os beneficiários contribuem com o aumento do consumo, com o aumento das renda das famílias e, por consequência, a a capacidade de produzir alimentos.
O estudo estima que 2,1 bilhões de pessoas no mundo recebem alguma forma de proteção social. “A maioria dos países, incluindo os mais pobres, podem pagar programas de proteção social potencialmente importantes na luta contra a pobreza”, diz o relatório.
Entre as experiências bem-sucedidas, a FAO aponta os programas dos governo brasileiro de combate à pobreza e à fome, bem como à desigualdade social e política.
“Nos países em desenvolvimento, há experiências bem-sucedidas com programas de grande escala que ajudam os mais pobres e vulneráveis, como por exemplo no Brasil, na Etiópia, Índia e no México”, afirma.
O relatório cita como exemplo o Bolsa Família, que abrangeu cerca de 14 milhões de famílias em 2015, correspondendo a 24,5% da população brasileira, e citou as políticas afirmativas para combater a desigualdade de gênero.
Dos 129 países analisados pela FAO, 72 alcançaram a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio da ONU que correspondia a reduzir à metade a subalimentação até 2015.
A nova agenda de desenvolvimento busca a erradicação total da pobreza e da fome, a ONU recomenda aumento à proteção social e aos investimentos nos mais pobres, o que custaria US$ 267 bilhões anuais até 2030.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Agência Brasil”