Os procuradores da Lava Jato mais uma vez buscam subverter as competências naturais dos tribunais superiores – a fim de manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como seu prisioneiro particular, condenado em um processo sem provas. Deltan Dallagnol e outros 11 procuradores do Ministério Público Federal enviaram requerimento a Sérgio Moro, juiz de primeira instância, para que todos os pedidos de entrevista a Lula sejam reunidos em apenas uma coletiva de imprensa.
Tal solicitação ocorre imediatamente após duas decisões distintas do Ministro Ricardo Lewandovski, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (28/09), permitindo que a Folha de S. Paulo grave entrevista exclusiva com Lula e, em outra decisão, permitindo que o jornalista Florestan Fernandes Júnior também entreviste Lula.
Ou seja, no momento em que a instância final da Justiça definiu o direito da imprensa de entrevistar Lula, os procuradores tentam se colocar não só como juízes, mas inclusive acima do STF. Em lugar de respeitar a decisão, tentam trazê-la para a guarda de um juiz cujas decisões são notoriamente contrárias ao ex-presidente.
A tentativa dos procuradores é de atropelar as decisões do STF e diminuir os espaços de fala de Lula, por medo da força de sua voz. Os procuradores do Ministério Público Federal, com explícita inspiração política, tentam se contrapor a decisões do STF, corte máxima do país, por meio de artimanhas. Acham que podem usurpar a competência natural de Lewandovski por meio de manobras políticas semelhantes àquelas utilizadas em 8 de julho por juízes e desembargadores para impedir ilegalmente a concessão de Habeas Corpus a Lula.
A diferença, desta vez, é que se trata de decisão de ministro do Supremo Tribunal Federal. A decisão sobre as entrevistas de Lula cabe a Ricardo Lewandovski, e ele já se pronunciou sobre o assunto.
Por Lula.com.br