Partido dos Trabalhadores

Para líder do governo, cobertura dos protestos foi parcial

O deputado José Guimarães disse que a imprensa não deu o mesmo peso e dimensão aos protestos de sexta e de domingo

Arquivo/PT

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou a cobertura feita por parte da imprensa das manifestações de sexta-feira (13) e domingo (15), em várias cidades do Brasil. Para ele, houve tratamento diferenciado entre os protestos.

“Não houve o mesmo tratamento entre as manifestações de sexta e as de domingo. As televisões, em geral, e outros setores da mídia, não deram o mesmo peso e a mesma dimensão”, disse, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (16) na Câmara dos Deputados.

Segundo o deputado, a disparidade nos cálculos da Polícia Militar de São Paulo e do Instituto Datafolha revela que número de participantes foi usado para diferenciar, de forma tendenciosa, as manifestações. Guimarães disse, no entanto, que os protestos são positivos para o fortalecimento da democracia.

Pautada por grande parte dos manifestantes que saíram às ruas na sexta, a reforma política deverá ser discutida pelo Congresso com o pedido do fim do financiamento empresarial de campanha e o adoção do Imposto sobre Grandes Fortunas.

Para Guimarães, a questão econômica foi mais observada nas manifestações do dia 13, enquanto o combate à corrupção foi a maior reivindicação nos protestos do domingo. Para o deputado, as ruas foram claras: combate a corrupção é combate também a esse modelo de financiamento de campanha. “Ou o Congresso se convence disso ou não tem reforma política”, destacou.

Ao defender a taxação sobre grandes fortunas, o deputado informou que o governo deve pedir, em regime de urgência, a regulamentação do projeto aprovado em 1988, que taxa cerca de 10% da população brasileira, cuja concentração de renda ultrapassa 40% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Penso que precisamos avançar na taxação para as grandes fortunas, grandes heranças e grandes rentistas no exterior”, declarou Guimarães.

Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias