Os deputados petistas Henrique Fontana (RS) e Carlos Zarattini (SP) afirmaram, nesta segunda-feira (16), que a reforma política pode ser um poderoso instrumento de combate à corrupção.
“Todas as pessoas que estudam o fenômeno da corrupção, seja no Brasil ou em outros países, são unânimes em afirmar que o principal fator de estímulo à prática ilícita é a influência dos interesses dos financiadores de campanhas eleitorais no poder político, em todos os níveis”, destacou Fontana.
Ainda de acordo com o parlamentar, é possível existir uma empresa que financie um candidato sem desejar obter favores. Mas, segundo ele, essa não é a praxe no Brasil.
“Se pegarmos os escândalos de corrupção ocorridos no País nos últimos 30 anos, em pelo menos 90% deles existe uma interface com o financiamento eleitoral empresarial. Esse é um ambiente fértil para a corrupção”, ressaltou o deputado.
Na mesma linha, Carlos Zarattini considerou ser preciso reduzir os elevados custos das campanhas.
“É importante o governo apoiar a iniciativa do Congresso para aprovar uma reforma política ainda esse ano, que proíba o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. E essa proibição fatalmente levará a uma drástica redução dos custos”, observou.
Partidos – O deputado Fontana defendeu ainda que a proibição de doações de empresas deve alcançar ainda os partidos políticos, “em qualquer tempo” e não apenas durante as eleições. Ele disse ainda que o discurso do combate à corrupção não pode ser partidarizado.
”Infelizmente, todos os governos nas últimas décadas, e em todos os níveis, já foram contaminados pelo vírus da corrupção. Precisamos de uma reforma política para refazer o tecido institucional do País e criar condições de governabilidade para qualquer partido, em um ambiente político estável”, alertou Henrique Fontana.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações de Héber Carvalho do PT na Câmara